Apesar das interdições, centenas de milhares de pessoas manifestaram-se na Europa, este sábado, para apoiar os palestinianos e a Palestina, duas semanas após o ataque do Hamas a Israel.
A maior manifestação ocorreu em Londres, onde a polícia estima 100 mil participantes. Em menor escala, ocorreram manifestações em todo o continente, desde a Irlanda até à Roménia.
Em Berlim, as marchas pró-palestinianas são regularmente proibidas; apesar disso, no sábado, centenas de pessoas marcharam pela capital alemã.
Este protesto foi relativamente pacífico, mas, na quinta-feira, dezenas de pessoas ficaram feridas e mais de 170 foram detidas.
A França proibiu completamente qualquer tipo de expressão pró-palestiniana. Apesar disso, cerca de uma centena de pessoas reuniu-se perto do antigo porto de Marselha para apelar à paz entre Israel e os palestinianos. Os manifestantes não utilizaram qualquer símbolo, para além de bandeiras brancas e fitas como símbolo de paz.
Em Espanha, houve também manifestações em Madrid e Barcelona. Na capital espanhola cerca de duas mil pessoas exigiram “o fim da ofensiva israelita” e na capital da Catalunha apelou-se ao fim do "genocídio na Palestina”.
A polícia na Europa observa um aumento significativo nos sentimentos antijudaicos e antiárabes. O Ministério do Interior alemão disse na sexta-feira que a polícia registou mais de 1.100 crimes relacionados com o conflito Israel-Hamas, desde 7 de outubro, dia do ataque do Hamas em território israelita.
Para além da Europa, há manifestações pelo mundo inteiro. Em Sydney e outras cidades australianas também milhares de pessoas saíram à rua em protesto contra os bombardeamentos a Gaza por parte de Israel.
Nova Iorque, Jacarta, Bangcoque, Pretória ou Carachi, foram outras cidades em que se realizaram manifestações de apoio ao povo palestiniano.