Dezenas de migrantes perderam a vida nas últimas horas, no Mediterrâneo e no Atlântico
A foto acima é da costa da cidade siciliana de Marinella di Selinunte onde as autoridades recolheram este sábado cinco corpos. De acordo com a Guarda Costeira, os corpos chegaram à praia arrastados pelas corrente. Tal como o barco que transportava os migrantes. Pelo menos 35 pessoas sobreviveram e foram detidas pela polícia. 20 estão desaparecidas.
Em pleno Mediterrâneo, 49 pessoas foram resgatadas pela organização não governamental Sea-Eye esta sexta-feira que localizou ainda quatro mortos. Entre os migrantes resgatados estava uma mulher grávida que foi levada para a ilha de Lampedusa para ter acompanhamento médico.
Numa rota diferente, mais de 20 migrantes morreram no Atlântico, a caminho da ilha espanhola de Tenerife. Faziam parte de um grupo de mais de 240 migrantes que partiu da Gâmbia num barco precário.
221 sobreviventes desembarcaram em Tenerife. Mais de uma centena recebeu cuidados médicos no local e 15 foram levados para hospitais do arquipélago.
Durante 2022 e a primeira metade de 2023, a rota das Ilhas Canárias, uma das mais perigosas do mundo para a imigração, parecia dar sinais de estabilização, ou mesmo de declínio.
De acordo com os últimos dados fornecidos pelo governo espanhol, mais de 8.561 chegaram às Ilhas Canárias nos primeiros 15 dias de outubro - mais de metade dos 15.682 que chegaram durante todo o ano de 2022.