A poucos dias da tomada de posse de Pedro Sánchez, a oposição prepara-se para uma longa batalha nos tribunais e nas ruas.
Os espanhóis saíram hoje à rua numa manifestação organizada pela direita espanhola para protestar contra a lei de amnistia para os separatistas catalães, prometida pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez.
Considerada por uma parte da sociedade espanhola como uma violação do Estado de direito, esta controversa amnistia surge seis anos após a tentativa de secessão da Catalunha, que em 2017 constituiu uma das piores crises políticas da Espanha contemporânea.
O segundo classificado nas eleições, Pedro Sánchez, tem agora a garantia de permanecer no poder, graças ao apoio dos sete deputados do partido do líder catalão pró-independência Carles Puigdemont.
Em troca do apoio, o partido de Puigdemont, Junts per Catalunya, obteve uma lei de amnistia para os ativistas pró-independência que enfrentam processos judiciais, principalmente pelos acontecimentos de 2017, bem como a abertura de negociações sobre, entre outras coisas, a questão do "reconhecimento da Catalunha como nação".
Espanha não vivia uma onda de agitação social semelhante desde a sentença contra os líderes do processo catalão em 2019. Os perdões e a abertura do diálogo acalmaram os ânimos na Catalunha mas, para estes manifestantes, uma nova lei de amnistia feita à medida dos parceiros pró-independência de Pedro Sánchez e o regresso de Carles Puigdemont a Espanha sem ser julgado ultrapassa os limites do Estado de direito.
A poucos dias da tomada de posse de Pedro Sánchez, a oposição já está a preparar-se para uma longa batalha nos tribunais e nas ruas.