O surpreendente regresso de David Cameron ao governo britânico

David Cameron, antigo primeiro-ministro britânico, que convocou o referendo do Brexit
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David Cameron vai substituir James Cleverly, que assumiu o cargo de Ministro do Interior depois de Rishi Sunak ter demitido Suella Braverman, uma figura polémica da extrema-direita do partido.

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Um regresso surpreendente à cena mundial para o antigo primeiro-ministro britânico David Cameron, que foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros num dia de turbulência no governo do Reino Unido.

David Cameron tem estado afastado da política desde que se demitiu do cargo de primeiro-ministro em 2016, no dia seguinte ao referendo da saída do Reino Unido da UE.

Numa declaração nas redes sociais, Cameron disse esperar que o seu mandato de seis anos como líder do Reino Unido ajude o primeiro-ministro Rishi Sunak a lidar com o que ele chamou de "um conjunto assustador de desafios internacionais, incluindo a guerra na Ucrânia e a crise do Médio Oriente".

David Cameron convocou o referendo sobre o Brexit e fez campanha pela permanência na UE, mas demitiu-se depois de o resultado lhe ter sido desfavorável.

Sunak nomeou-o para substituir James Cleverly, que assumiu agora o cargo de Ministro do Interior depois de ter demitido Suella Braverman, uma figura polémica da extrema-direita do partido.

A sua saída e o regresso de Cameron reacenderam uma amarga guerra civil no seio dos conservadores no poder, que se tem vindo a desenrolar desde antes e depois da votação do Brexit.

A nomeação de Cameron foi uma surpresa para os observadores políticos mais experientes. É raro que um não deputado assuma um cargo governamental de topo e há décadas que um antigo primeiro-ministro não ocupa um cargo num outro governo.

O governo disse que Cameron estava a ser nomeado para a câmara alta do Parlamento, não eleita, a Câmara dos Lordes. O último ministro dos Negócios Estrangeiros a servir nos Lordes, em vez da Câmara dos Comuns eleita, foi Peter Carrington, que fez parte do governo da primeira-ministra Margaret Thatcher, na década de 1980.

As mudanças arrojadas são uma tentativa de Sunak para repor o seu governo vacilante. Os conservadores estão no poder há 13 anos, mas as sondagens de opinião há meses que os colocam 15 a 20 pontos atrás do Partido Trabalhista, na oposição, no meio de uma economia estagnada, de uma inflação persistentemente elevada, de um sistema de saúde sobrecarregado e de uma vaga de greves no setor público.

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