A proibição surge na sequência de uma moção do ministro da Justiça.
A partir de agora, qualquer "movimento LGBT" na Rússia é considerado uma organização "extremista". A decisão inédita do Supremo Tribunal pode implicar longas penas de prisão para quem for associado ao movimento.
A proibição surge na sequência de uma moção do ministro da Justiça, que argumentou que as autoridades tinham identificado "sinais e manifestações de natureza extremista" por parte de um "movimento" LGBT a operar no país.
A comunidade LGBT reagiu à decisão com críticas e medo.
"O que me assusta é que se vai perder uma grande camada de ideias interessantes, pessoas interessantes e criatividade interessante. E temo pela segurança dessas pessoas, porque se continuarem a fazer o que estão a fazer, podem estar em perigo", afirma Saffron, drag queen e estudante.
Para Noel Shaida, Diretor de Comunicação da Fundação Sphere, a iniciativa visa, em primeiro lugar, desviar as atenções dos “fracassos da guerra” e, em segundo lugar, "o afastamento do Ocidente coletivo", que supostamente encoraja a ideologia LGBT, e destrói os valores tradicionais.
Moscovo tem negado sucessivamente as acusações de discriminação contra as pessoas LGBT, afirmando que "restringir a demonstração pública de relações ou preferências sexuais não tradicionais não é uma forma de censura”.