Mais de 50 pessoas ficaram feridas após um ataque durante a madrugada desta quarta-feira à capital ucraniana. É um dos mais fortes dos últimos meses e exemplo da crescente pressão militar da Rússia.
Um ataque com mísseis na madrugada desta quarta-feira a Kiev deixou mais de 50 pessoas feridas, entre as quais seis crianças. Dos feridos, foram hospitalizadas 18 pessoas e duas crianças. De acordo com fontes oficiais ucranianas, este é o ataque mais forte dos últimos meses à capital.
Embora as defesas antiaéreas tenham intercetado os dez mísseis balísticos disparados pelos russos, pelas 03:00 (01:00 em Lisboa) os destroços atingiram áreas povoadas, incluindo um hospital pediátrico, que continua a funcionar e onde não houve qualquer baixa.
Este foi o segundo ataque a Kiev em menos de uma semana, indicando uma possível escalada na intensidade do conflito. Nos últimos meses, a Rússia intensificou os seus ataques aéreos e terrestres e procura voltar a ganhar terreno após a contraofensiva ucraniana.
Odessa também foi alvo durante esta madrugada: dezenas de drones russos foram lançados contra a cidade onde se encontra o principal porto do sul da Ucrânia, mas todos foram abatidos.
O presidente da Ucrânia, que chegou esta quarta-feira a Oslo, onde irá participar numa cimeira dos países nórdicos, já condenou o ataque a Kiev e manifestou confiança na continuidade da ajuda norte-americana.
Recorde-se que Zelenskyy aterrou esta quarta-feira na Noruega depois de ter estado em Washington, onde foi recebido na Casa Branca e se reuniu com os senadores do Congresso norte-americano, numa tentativa de pressionar o desbloqueio de um pacote de ajuda militar de 61 mil milhões de dólares à Ucrânia.