Condições pioram em Gaza com a chegada do inverno e falta de roupas quentes

Palestinianos deslocados vivem em tendas
Palestinianos deslocados vivem em tendas Direitos de autor Adel Hana/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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Palestinianos sem roupa e mantimentos com a chegada do inverno. Maioria da população em Gaza está deslocada e vive em tendas.

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Na Faixa de Gaza, a situação piora a cada dia que passa. A população palestiniana não estava preparada para a guerra e há uma escassez de tudo: água, comida, medicamentos, mas também roupas. 

Quando a ofensiva israelita começou no início de outubro, muitos foram obrigados a abandonar as suas casas com a roupa que tinham no corpo, sem tempo para fazer as malas. Agora, com a chegada do inverno, o frio aperta.

"Neste momento, a nossa vida é trágica. O frio intenso está a aproximar-se. Trouxe comigo roupa de verão para os meus filhos. Não há roupa nem nada para as crianças vestirem, e quando vou ao mercado procurar não encontro nada, não há nem roupa usada", diz Alia Al-Samoni, uma palestiniana deslocada, com 21 anos e mãe de três filhos.

Após os ataques do Hamas, em 7 de outubro, Israel isolou o enclave sitiado do resto do mundo. Só semanas depois é os primeiros comboios de ajuda humanitária foram autorizados a entrar em Gaza.

As roupas de inverno são escassas, com o vento e a chuva a fustigarem o território. A grande maioria dos palestinianos estão deslocados devido ao conflito, muitos a viver em tendas.

"A ocupação impôs-nos deslocações forçadas e deixámos as nossas casas e os nossos bens. Hoje, nós e os nossos filhos vivemos em tendas feitas de nylon. Vivíamos honradamente nas nossas casas, mas hoje sentimo-nos humilhados e vivemos na rua. Recolhemos roupas velhas para vestir os nossos filhos e protegê-los do frio do inverno. Não sabemos o que fazer com esta situação, quanto tempo é que ela vai durar e quanto tempo é que este cerco vai continuar", relata Moneir Khweter, um refugiado palestiniano.

De acordo com cálculos das Nações Unidas, até agora cerca de 80% dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram forçados a deixar suas casas.

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