Protestos continuam na capital sérvia, depois de na noite de domingo manifestantes terem tentado invadir o edifício da Câmara Municipal de Belgrado
Centenas de estudantes universitários e outros cidadãos sérvios bloquearam esta segunda-feira o trânsito numa das principais artérias de Belgrado, onde se situa a sede do governo sérvio, desafiando os alertas da polícia sobre a repressão de eventuais bloqueios de estradas e pontes na capital.
O incidente segue-se ao da noite de domingo, quando centenas de manifestantes, associados com a coligação da oposição, tentaram invadir o edifício da Câmara Municipal em Belgrado e entraram em confrontos com a polícia, que dispersou a manifestação com gás lacrimogéneo.
Segundo a polícia sérvia, foram detidas pelo menos 38 pessoas que participaram no protesto de domingo, contra as alegadas irregularidades durante as recentes eleições gerais e municipais, que deram vitória aos populistas no governo. Oito polícias ficaram feridos.
As autoridades revelaram entretanto que os detidos foram acusados de incitar à mudança violenta da ordem constitucional, por quererem derrubar o governo, e de comportamentos violentos.
Já a oposição sérvia acusa a polícia de ter usado força excessiva e de ter agredido com violência alguns dos manifestantes.
O presidente sérvio, Aleksandar Vučić, disse que os protestos da noite de domingo tiveram "influência externa". A primeira-ministra sérvia já veio entretanto agradecer à Rússia por ter avisado as forças de segurança dos planos para uma revolta nas ruas de Belgrado.