Protestos dos agricultores franceses prosseguem, após atropelamento mortal de duas pessoas na terça-feira. Na Lituânia, o setor segue o mesmo caminho e junta-se ao movimento que já tem expressão em vários países europeus.
Os agricultores franceses vão prosseguir com os protestos contra a deterioração das condições de trabalho no setor de forma a pressionar o governo de Gabriel Attal.
São esperados bloqueios em estradas por todo o país, como em Baiona, Pau, Lyon, Grenoble, Paris, e ainda na região da Bretanha.
Na terça-feira, os protestos dos agricultores franceses ficaram manchados pelo atropelamento mortal de duas pessoas que participavam no protesto bloqueando a circulação numa estrada de uma localidade próxima de Toulouse, no sul de França.
O acidente mortal levou o Presidente francês, Emmanuel Macron, a pedir "soluções" ao executivo de Attal, após cinco dias de manifestações.
Agricultores de outros países europeus estão a conduzir protestos semelhantes.
Na Lituânia, mais de mil tratores bloquearam estradas e ruas no centro de Vilnius, a capital do país. Os agricultores levaram slogans e fotos do Ministro da Agricultura, Kestutis Navickas.
Tal como em França, os agricultores da Lituânia protestam contra o aumento do imposto especial sobre o combustível, a abolição de uma redução no imposto especial de consumo para os camiões, bem como outras questões.
O comissário europeu para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, Janusz Wojciechowski, já veio garantir que a União Europeia está atenta às preocupações dos agricultores, após os protestos das últimas semanas em vários países, como na França, Alemanha, Roménia e Polónia.
Os agricultores prometem manter os protestos enquanto não se verificarem reais mudanças nas políticas. Um dos sindicatos de agricultores em França ameaça bloquear "toda a Île-de-France" dentro de "dez dias" caso não haja respostas satisfatórias por parte do governo.