Netanyahu rejeita pressões para parar ofensiva terrestre em Rafah. Últimos ataques matam mais de 40 palestinianos

Manifestantes protestam contra o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e apelam à realização de novas eleições, no último protesto semanal contra a forma como tem gerido a guerra entre Israel e o Hamas.
Manifestantes protestam contra o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e apelam à realização de novas eleições, no último protesto semanal contra a forma como tem gerido a guerra entre Israel e o Hamas. Direitos de autor Leo Correa/AP
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De  Euronews com AP
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Artigo publicado originalmente em inglês

O primeiro-ministro israelita afirma que impedir Israel de atuar em Rafah é "basicamente dizer-nos: percam a guerra". Últimos ataques fizeram mais de 40 mortos.

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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou no sábado que não cederá às pressões internacionais para chegar a um acordo antes da expansão militar do seu país em Rafah.

"Aqueles que nos querem impedir de atuar em Rafah estão basicamente a dizer-nos - percam a guerra", afirmou Netanyahu.

A declaração foi emitida depois de vários diplomatas internacionais de alto nível se terem reunido em Munique, no sábado, para discutir a possibilidade de um cessar-fogo no conflito de Gaza.

As conversações sobre um possível acordo de cessar-fogo em Gaza "não têm progredido como esperado" nos últimos dias, depois de terem registado bons progressos nas últimas semanas, afirmou o mediador principal, o Qatar, durante a Conferência de Segurança de Munique.

O gabinete de imprensa de Netanyahu publicou imagens do Primeiro-Ministro a desmentir esta afirmação, dizendo que "não se submeterá a ditames internacionais no futuro acordo com os palestinianos".

"Deixei claro ao gabinete e repito e sublinho ao mundo esta noite também - o acordo só será alcançado através de negociações directas entre as partes, sem condições prévias", disse.

O ministro da Defesa israelita afirmou na sexta-feira que Israel está a "planear minuciosamente" uma ofensiva militar na cidade de Rafah, no sul de Gaza.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, instou Israel a não levar a cabo a operação sem um plano "credível" para proteger os civis e a concentrar-se num cessar-fogo.

Estima-se que 1,4 milhões de palestinianos, mais de metade da população de Gaza, se tenham amontoado em Rafah, a maioria dos quais deslocados pelos combates noutras zonas do território.

Protestos em Telavive

Netanyahu está também a ser alvo de uma pressão crescente no interior do país.

No sábado, milhares de manifestantes, numa marcha semanal em Telavive, exigiram a demissão do atual governo israelita.

Um dos manifestantes, Elad Nisim, afirmou que o país "tem de substituir o governo agora mesmo", através de eleições imediatas ou de um voto de desconfiança no Knesset.

As tensões entre os manifestantes e a polícia de choque foram mais elevadas do que o habitual, mas não houve detenções.

Ataques israelitas no centro de Gaza

Mais de 40 pessoas terão morrido na sequência de uma série de ataques aéreos no bairro de Deir Al-Balah, no centro da Faixa de Gaza.

Fontes palestinianas afirmam que as bombas caíram nas proximidades de um hospital.

As IDF afirmaram ter atingido uma série de "centros de comando e controlo operacional" do Hamas no centro de Gaza.

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