Agricultores gregos estão a intensificar as mobilizações e exigem ao governo mais apoio financeiro e um ajustamento da Política Agrícola Comum.
Determinação e paixão dominaram as manifestações dos agricultores gregos que se concentraram em Atenas. Os agricultores gregos estão a intensificar as suas mobilizações, tal como os seus colegas europeus, exigindo medidas imediatas e, em particular, um ajustamento da Política Agrícola Comum (PAC) para sair deste impasse.
Reconhecem que o problema é também europeu, mas não estão optimistas quanto a uma solução definitiva.
"Desejo que fiquemos aqui com os tratores mais dois dias, para que possamos pressioná-los mais", diz um agricultor.
Questionado sobre se a questão é europeia ou grega, responde: "Em primeiro lugar é europeia. Mas aqui na Grécia temos esses problemas há anos. Todos os anos a mesma situação. Estão a dar-nos quase nada e estamos a recuar".
"Basta. Não podemos suportar isto mais. O setor primário deve ser apoiado. Não é lógico que o governo dê dinheiro aos ricos, aos média e dê tanto dinheiro para a Ucrânia. Algo deve ser feito pelos agricultores. Não podemos aguentar mais", reclama outro produtor agrícola.
Os agricultores sublinham que o setor primário é o início de tudo na sociedade moderna e apoiá-lo nestes tempos difíceis deve ser a prioridade absoluta para os governos.
"É muito importante que pela primeira vez cheguemos ao gabinete do primeiro-ministro. Toda a questão dos agricultores está agora nas mãos do primeiro-ministro. Os protestos podem ser usados para pressionar a União Europeia. A nova PAC não vai na direção certa, os agricultores perderam muito dinheiro e esperamos soluções imediatas, de médio e longo prazo", explica Pavlos Satolias, presidente da associação agrícola Kalavryta.
Os agricultores gregos planeiam continuar os bloqueios nas estradas, com os sindicatos a terem a palavra final sobre o que acontece daqui em diante com os protestos.