Alargamento da União Europeia: sonho ou realidade?

Painel de discussão em Atenas debruçou-se sobre a política de alargamento e a situação dos Balcãs ocidentais
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Montenegro já abriu 33 dos 35 capítulos de negociação da adesão à UE e poderá ser o próximo membro do bloco comunitário. Bósnia poderá receber luz verde para abrir as conversações de adesão esta semana.

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O estado atual da política de alargamento da União Europeia, em particular à luz dos recentes desenvolvimentos relativamente às nações da Europa de Leste, foi avaliado durante um painel de discussão intitulado 'Balcãs Ocidentais e o alargamento da UE 2030: Sonho ou realidade?'' organizado em Atenas pela Fundação Helénica para a Política Externa e Europeia (ELIAMEP) e pelo Fórum Estratégico de Bled (BSF).

A promessa de que o novo governo de Montenegro vai alinhar-se com as normas europeias faz com que o país seja o próximo na calha para aderir ao bloco comunitário.

O país já abriu 33 dos 35 capítulos de negociação, mas fechou apenas três.

"Estamos a ter um impulso, estamos a ter uma nova energia com o novo governo, e esta é a primeira vez, após alguns anos, que estamos a ter também esta estabilidade política e também um consenso sobre a integração europeia. Assim, neste momento, nos primeiros 100 dias do governo mostrámos que tínhamos um diálogo aberto, não só com a maioria política, mas também com a oposição no que se refere ao caminho europeu", refere a ministra dos Assuntos Europeus do Montenegro, Maida Gorčević.

Apesar dos progressos realizados por alguns países dos Balcãs Ocidentais, como a Macedónia do Norte e a Albânia, persistem desafios, incluindo questões não resolvidas como o diálogo Belgrado-Pristina e a necessidade de reformas estruturais.

"Em comparação com outros países, temos também alguns obstáculos adicionais, o que torna mais difícil para nós esta corrida que é suposto ser igualitária. Somos o único país que ainda não tem o estatuto de candidato. Continuamos a debater-nos com o reconhecimento de cinco membros da UE", explica Besnik Bislimi, vice-primeiro-ministro para a Integração Europeia do Kosovo.

Embora haja apoio verbal dos políticos europeus ao alargamento e iniciativas concretas como o Novo Plano de Crescimento para os Balcãs Ocidentais, subsistem dúvidas quanto à direção do processo.

"Com a região dos Balcãs Ocidentais fora da União Europeia, não tenho a certeza se, a longo prazo, a UE, e não apenas os Balcãs Ocidentais, conseguirá suportar esta situação", alerta Marko Stucin, Secretário de Estado dos Assuntos Europeus da Eslovénia.

A Comissão Europeia recomendou a abertura de negociações de adesão à UE com a Bósnia e Herzegovina, oito anos depois de o país dos Balcãs Ocidentais se ter candidato a ser membro do bloco comunitário.

Durante a reunião do Conselho Europeu esta semana a Bósnia deverá oficialmente dar os próximos passos para abrir as negociações de adesão.

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