Chéquia quer apostar na energia nuclear e deixar carvão até 2033

Chéquia tem central nuclear em Dukovany na região de Třebíč
Chéquia tem central nuclear em Dukovany na região de Třebíč Direitos de autor Petr David Josek/Copyright 2011 The AP. All rights reserved
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Chéquia vai despender 6 mil milhões de euros para construir quatro novos reatores nucleares. É o maior investimento público dos últimos 35 anos no país.

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A energia nuclear é a resposta desde que a Chéquia adotou um plano para abandonar a dependência energética do carvão e acelerar a transição verde em 25 anos. 

O governo conservador checo vai assumir aquele que é o maior investimento público desde a queda do sistema socialista há quase 35 anos. 

O primeiro-ministro Petr Fiala prometeu 6 mil milhões de euros para construir quatro novos reatores nucleares. Resta saber quem vai construir as centrais nucleares.

"Se o preço oferecido pelos concorrentes permitir preços de energia baixos estáveis a longo prazo, tanto para os cidadãos quanto para o desenvolvimento da energia e da indústria, então o futuro é definitivamente aumentar essa capacidade em ambas as centrais nucleares e combiná-la com fontes renováveis", defendeu o ministro do Ambiente checo, Petr Hladík.

O governo checo está agora à espera de fechar o melhor acordo até ao final de junho de 2024. Há duas empresas rivais em concurso, a francesa EDF e a sul-coreana KHNP. As empresas chinesas e russas foram excluídas de forma preventiva.

A esperança é que as novas centrais estejam operacionais entre 2029 e 2040 e que o carvão seja abandonado até 2033 e o petróleo e o gás até 2050, de acordo com o ambicioso Plano Nacional para a Energia e Clima.

A Chéquia é tradicionalmente um exportador de energia a carvão, mas o governo do país está disposto a abdicar desse estatuto para se tornar um importador de energia limpa dos países vizinhos da União Europeia. 

Segundo uma sondagem exclusiva da IPSOS para a Euronews, os checos são os eleitores menos preocupados da UE, depois dos polacos, com as alterações climáticas. Só 34% dos inquiridos considera as alterações climáticas uma prioridade, ao passo que 21% diz o contrário.

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