País candidato à União Europeia diz que Rússia está a injetar dinheiro no país para comprar votos no referendo previsto para o outono.
O governo pró-europeu da Moldova tomou medidas para contrariar a alegada influência russa no referendo sobre a adesão à União Europeia, que irá realizar-se no outono. Criou uma agência, o Centro de Comunicação Estratégica, para reagir às campanhas de desinformação e reprimir os alegados esforços para subornar o eleitorado. A UE acredita que a Rússia está a injetar dinheiro no país para comprar votos.
"Estas formas de tentar enviar dinheiro são muito criativas. Há de tudo, desde transportar dinheiro pouco abaixo do limite máximo legalmente permitido (10.000 euros) - dinheiro que não precisa de ser declarado quando se atravessa a fronteira. Por isso, houve voos com muitos desses transportadores", explica Janis Mazeiks, embaixador da UE na Moldova.
As sondagens sugerem que a maioria dos moldavos quer aderir à UE, mas a opinião está dividida antes da votação, prevista para outubro.
A presidente Maia Sandu, que é uma firme defensora da União Europeia, é candidata à reeleição no outono e os aliados receiam que a Rússia esteja a tentar influenciar a votação. Moscovo opõe-se profundamente à adesão do antigo membro do bloco soviético à UE, mas rejeita as alegações de interferência política.