Relatório alerta para branqueamento de corais provocado pelo aquecimento dos oceanos

Nesta imagem fornecida pela NOAA, um peixe nada perto de um coral que mostra sinais de branqueamento em Cheeca Rocks, ao largo da costa de Islamorada, na Flórida
Nesta imagem fornecida pela NOAA, um peixe nada perto de um coral que mostra sinais de branqueamento em Cheeca Rocks, ao largo da costa de Islamorada, na Flórida Direitos de autor Andrew Ibarra/AP
Direitos de autor Andrew Ibarra/AP
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Esta é a segunda vez que ocorre um massivo branqueamento de corais, num espaço de dez anos. Os cientistas apontam as alterações climáticas como as principais responsáveis pelo fenómeno.

PUBLICIDADE

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos divulgou, na segunda-feira, um relatório que alerta para o massivo branqueamento de corais, em todo o mundo, como consequência do aquecimento dos oceanos.

A exposição a elevadas temperaturas está a causar danos potencialmente devastadores nos corais, que se encontram nas águas de pelo menos 53 países, segundo os cientistas, citados pelas agências internacionais. Estes danos estão a decorrer também na Grande Barreira de Coral da Austrália, uma extensa faixa de corais composta por cerca de 2.900 recifes.

Alterações climáticas apontadas como a principal responsável

Esta é a segunda vez que ocorre um massivo branquemento de corais, num espaço de dez anos, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, que apontou as alterações climaticas como as responsáveis pelo aquecimento da água dos oceanos.

"As projeções climáticas prevêem que todos os recifes de coral do planeta venham a sofrer de branqueamento todos os anos, algures entre 2040 e 2050. O que torna isto tão alarmante para todos é a magnitude do stress térmico a que estamos a assistir. Assim, a natureza severa do aquecimento dos oceanos, que já dura há mais de um ano, não tem precedentes em qualquer registo que tenhamos. Por isso, eu diria que as pessoas estão muito, muito alarmadas", disse Derek Manzello, coordenador da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos.

De acordo com Selina Stead, bióloga marinha e diretora executiva do Instituto Australiano de Ciências Marinhas, os cientistas estão a trabalhar no sentido de compreender melhor como é que os corais respondem ao calor, de modo a identificar potenciais corais naturalmente tolerantes ao calor. No entanto, Stead sublinha a importância de “que o mundo trabalhe para reduzir as emissões de carbono”.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Os oceanos mais quentes branquearam os corais a profundidades que se julgava impossíveis

Proteção dos corais, eficiência energética e gestão da água: os desafios ambientais do Qatar

Petite Terre, as pequenas ilhas que são a grande casa de iguanas, pássaros e corais