A expectativa na crise do Evergrande

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De  Nara Madeira com AP, AFP
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Expectativa na crise do Evergrande. Investidores esperam, ansiosamente, por uma tomada de posição das autoridades chinesas.

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Em termos globais, os investidores esperam, ansiosamente, por uma tomada de posição das autoridades chinesas sobre a crise que vive o gigante imobiliário Evergrande. Uma falência que representaria também perdas brutais em termos de emprego.

Os economistas esperam que Pequim intervenha se o grupo - um dos maiores construtores de apartamentos, torres de escritórios e centros comerciais da China - e os seus credores não chegarem a acordo.

Brock Silvers, chefe de investmentos da Kaiyuan Capital, explica que o "Evergrande tem certamente muitos problemas, mas também tem um conjunto significativo de bens que permite tentar lidar com esses problemas, pelo menos parcialmente, porque há um desfasamento temporal. O Evergrande não tem sido capaz de se capitalizar tão rapidamente como se esperava inicialmente e, por isso, apesar de ter bens tem dívidas que tem de pagar de imediato".

Desde 30 de junho a Evergrande reportou 260 mil euros de dívidas e uma intervenção de Pequim deverá resultar em perdas para os bancos e detentores de obrigações.

Jackson Wong, diretor da empresa de gestão de activos, Amber Hill Capital, não acredita que seja provável que Evergrande consiga "pagar, integralmente, todas as suas dívidas. Deve haver uma reestruturação ou uma renegociação no montante dessas dívidas, no futuro".

Este não é o primeiro resgate na China, desde a revolução de 1949. Em 2014, como parte dos esforços para forçar devedores e credores a serem mais disciplinados, Pequim interveio. O estado tem, aliás, vindo a intervir para evitar crises nos mercados financeiros mas esta é a situação mais grave.

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