Setor aeronáutico do Qatar procura um futuro mais verde

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O setor da aviação está a enfrentar um dos seus maiores desafios: tornar-se mais sustentável e amigo do ambiente. A Euronews reuniu-se com o CEO do Grupo Qatar Airways - Akbar Al Baker - para discutir a forma como o país está a responder às exigências do futuro.

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O Aeroporto Internacional de Hamad, em Doha, recebe mais de 30 milhões de passageiros por ano, o que o torna um dos aeroportos mais movimentados do mundo. Designado como o segundo melhor aeroporto do mundo e o melhor aeroporto do Médio Oriente nos Skytrax World Airport Awards 2023, a visão deste icónico hub de viagens vai muito além do número de passageiros.

Tal como muitos dos seus homólogos europeus, a companhia aérea está a trabalhar arduamente para consolidar o seu estatuto como um hubs mais sustentáveis do planeta.

A sustentabilidade no setor aeronáutico tem aumentado significativamente nos últimos anos. A aliança Oneworld e os seus parceiros comprometeram-se a atingir o objetivo de zero emissões líquidas até 2050.

As iniciativas partilhadas incluem a modernização da frota, melhorias na eficiência operacional, o avanço da utilização de combustível de aviação sustentável (SAF) certificado por esquemas aprovados pela ICAO e compensações e remoções de carbono.

Mudanças ecológicas

Em 2020, o Conselho Internacional de Transportes Limpos publicou um relatório que afirmava que o aumento da eficiência do combustível e a utilização de combustíveis de aviação sustentáveis poderiam ajudar o setor a poupar até 35 mil milhões de euros por ano em despesas de combustível. Em suma: Tornar-se ecológico ajudará o setor da aviação a manter-se em atividade.

O Qatar não só está a otimizar as suas aeronaves para reduzir as emissões de CO2, como também está a estudar a forma de garantir que o Aeroporto Internacional de Hamad satisfaz as necessidades ambientais do futuro.

Os objetivos de sustentabilidade ambiental do Aeroporto Internacional de Hamad centram-se na gestão de resíduos e na redução das emissões de gases com efeito de estufa. O centro recicla e reutiliza quatro mil toneladas de composto orgânico todos os anos.

De acordo com Akbar Al-Baker, diretor executivo do grupo Qatar Airways, também se recicla e reutiliza a água de esgotos descontaminados e tratados para sustentar a impressionante vegetação do aeroporto.

Além disso, a utilização de luz natural e o investimento em tecnologias mais limpas ajudam o centro a ser mais sustentável.

"Estamos a tentar poupar energia, tornando o aeroporto naturalmente luminoso durante o dia. A Qatar Airways investe em aviões com novas tecnologias e, sempre que compramos um novo avião, este é 20 a 22% mais eficiente em termos de consumo de combustível do que o anterior", acrescenta.

Cadeias de produção mais ecológicas para aviões mais ecológicos

Mas não é só o funcionamento de um aeroporto como este que está a ajudar o setor a tornar-se mais ecológico. As empresas europeias estão a fornecer componentes que ajudam a indústria a tornar-se mais sustentável.

A Sonaca, uma empresa belga especializada no desenvolvimento, fabrico e montagem de peças para a indústria aeronáutica, investiu mais de 40 milhões de euros na última década em projetos de sustentabilidade. Assegurar que as suas linhas de produção são ecológicas está na vanguarda da sua atividade.

A empresa produz anualmente lâminas de asa e outros componentes para mais de mil novos aviões. Para a empresa, ser ecológico começa por fazer com que os aviões voem de forma mais eficiente. Tornar os aviões mais leves e melhorar o seu desempenho aerodinâmico ajuda a reduzir o consumo de combustível da aeronave.

A Sonaca também substituiu processos mais antigos que utilizam produtos químicos nocivos e instalou sistemas alimentados por bateria e operações mais ecológicas em todos os seus locais de produção.

"Em comparação com 2021, em 2022 reduzimos as nossas emissões de CO2 em 15%", afirma o CEO da Sonaca, Yves Delatte.

A redução das emissões é uma tarefa difícil para o setor da aviação, mas a corrida continua.

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