EventsEventos
Loader

Find Us

FlipboardLinkedin
Apple storeGoogle Play store
PUBLICIDADE

Veneza ainda mais romântica

Em parceria com
Veneza ainda mais romântica
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Há quem pergunte qual é a ligação entre Veneza e a música francesa do sec. XIX. Uma das respostas é que para além da paixão que músicos e compositores franceses sentem por esta extraordinária cidade, Veneza conta com o Centro Francês de Música Romântica, sedeado no renovado Palazzetto Bru Zane.

Envolvida há vários anos em investigação, ecologia e trabalho social, a Fundação Bru é proprietária e gestora do Palazzetto.

Um dos objectivos do centro é organizar concertos em Veneza no seu magnifico salão e em todo o mundo, através de parcerias.

No início foi uma verdadeira aventura.

“Um dia enviaram-me a Veneza para encontrar um palácio. Visitei coisas maravilhosas de 5000, 3000 e 1500 metros quadrados. Foi então que encontrei os pequenos anjos d’Abbondio Stazio e também frescos de Sebastiano Ricci e outros. Encontramos 4, 5, 6, 7 frescos. Vir trabalhar para aqui nestas condições foi maravilhoso, tinha a sensação de que não estava a trabalhar”, refere Michèle Roche.

A prioridade do Centro Francês de Música Romântica é fazer renascer composições e músicos do movimento romântico. Uma ambição partilhada por Laurent Martin, pianista que conta com um alargado repertório de compositores conhecidos e – de certa forma – obscuros. “Falar sobre as principais características da música Romântica? É um tipo de música que afecta os sentimentos. O romantismo implica imaginação, sensibilidade levada ao extremo, é sobre sentimentos fortes. Na sociedade moderna, que é um pouco anónima, fria, acho que há lugar para esta música que é rica em emoções”, confessa o pianista.

Apresentar um programa com peças ou compositores desconhecidos pode ser um risco mas também pode ser uma aposta ganha, como explica o director científico do Centro, Alexandre Dratwicki.
“Quando decidimos consagrar um festival inteiro ao piano romântico, a prioridade foi de não assustar o público. Mas ao incluirmos várias peças de compositores totalmente esquecidos corremos o risco aterrorizar o público. As coisas que pensávamos ser as mais atraentes eram as que o público menos gostava, logo com os tais programas aterrorizadores, recusámos a entrada a uma grande multidão. Pessoalmente, sou da opinião de que se quisermos criar uma marca, quero dizer algo personalizado, bom, temos que nos virar para o lado da redescoberta e do aterrorizador”, explica.

Julie Friez, segundo violino do Satie Quartet, tem poucas certezas mas não quer desistir da sua fé, que é a arte. “Hoje em dia a arte joga um papel muito importante, não se trata apenas de prazer. Acho que tem um significado e deve permitir-nos viver melhor. Uma pessoa não precisa de ser artista. Acho que ir a um concerto, a um museu ou ao cinema faz-nos ver a vida de uma maneira diferente, de tal maneira que, sem isso tudo, ela seria menos rica ou interessante”, diz Friez.

A reportagem contém excertos do 1º e 2º movimentos do Quinteto para Piano e Cordas em mi bemol maior op.1 de Alexis de Castillon (1838-1873), interpretado pelo pianista Laurent Martin e pelo “Quaturo Satie”.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Talentoso jovem maestro ganha Prémio Herbert von Karajan

Prémio Herbert von Karajan para Jovens Maestros: uma experiência emocionante

"Champion", a vida do pugilista Emile Griffith numa ópera-jazz