“The Infernal Comedy” (Comédia Infernal) é uma peça baseada na aurtobiografia de Unterweger, um homicida em série.
Condenado por homicídio, tornou-se poeta e romancista na prisão. Os críticos adoravam-no e os intelectuais conseguiram a sua libertação. Uma vez livre, tornou-se jornalista e um conferencista reputado. Mas também um múltiplo homicida recidivista. De novo detido, suicidou-se.
Esta é uma história que se conta com intriga: e com uma orquestra barroca no palco, árias de ópera, sopranos que vociferam raiva, desespero e sede de vingança pelas vítimas – o lado oposto ao monólogo do grande actor John malkovich. Pode tratar-se de um novo género teatral.
“Gosto de novas formas, de novos desafios, de tudo o que sei que pode falhar a qualquer segundo.
Tenho toneladas de respeito pelo maestro Martin Haselbock. E por Michael Sturminger – que creio ser um dos encenadores que vê o teatro como uma onda. esperamos por uma, tentamos apanhá-la e depois vamos com ela”, afirma Malkovich.
Martin Haselbock é um maestro de renome mundial. Conheceu Malkovich em Los Angeles e quase de imediato começaram a discutir um novo género de espectáculo: “Tentámos encontrar uma forma de combinar a actuação em palco, não em cinema, com música realmente forte, tão forte que não pudesse ser esmagada pela arte de actuar de Malkovich.”
O Falhanço e a derrota são, provavelmente, as duas sensações mais assíduas na vida. O que é falhar para John Malkovich?
“Para mim são a minha mãe, o meu irmão, o meu pai, o meu amigo mais próximo… Falho todas as noites. Falho na maior parte de tudo o que faço, que toco, estou habituado a isso… Concentro-me na possibilidade de poder vir a fazer melhor.”
Veja a reportagem no sítio da internet euronews.net e excertos inéditos das entrevistas com John Malkovich e Martin Haselbock.