EventsEventos
Loader

Find Us

FlipboardLinkedin
Apple storeGoogle Play store
PUBLICIDADE

Artes performativas com encontro marcado no Alkantara Festival 2016 de Lisboa

Artes performativas com encontro marcado no Alkantara Festival 2016 de Lisboa
Direitos de autor 
De  Euronews com António Oliveira e Silva
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Já passaram 14 anos desde a primeira edição do Alkantara Festival. O maior encontro dedicado às artes performativas em Lisboa convida-nos, mais uma vez, a questionar o mundo em que vivemos de forma tr

PUBLICIDADE

Com a contribuição de António Oliveira e Silva

Como acontece desde há 14 anos, o Alkantara Festival tem como convidado especial a vontade de entender o mundo que nos rodeia, utilizando as artes performativas como arma contra a apatia e a ignorância. Encontro fundamental para artistas de criadores de todo o mundo, o Alkantara Festival aposta na transversalidade. Os espetáculos e a permanente interação com o público são complementados com projetos de formação para as artes, que incentivam a aproximação das pessoas à Arte Contemporânea.

O Alkantara Festival começou com o festival Danças na Cidade e evoluiu para um evento onde cabem quase todos os tipos de expressão. Thomas Walgrave, o diretor artístico do festival desde 2009, disse à EURONEWS que o importante é aproveitar os artistas que se sentem confortáveis ao vivo e com o público:

“Quisemos dar prioridade aos artistas que aproveitam ao máximo o facto de atuarem ao vivo. E também ao facto de que a audiência seja diferente todas as noites. Sempre que um ator diz algo, as pessoas respondem de forma diferente, a cada noite que passa. Gera-se um diálogo. E cada noite dá origem a um espetáculo diferente,” disse Walgrave.

#AlkantaraFestival2016 Watch our new spot with this year's navigation map.https://t.co/tGejMnhwUA

— alkantara (@alkantaralisboa) May 17, 2016

A EURONEWS acompanhou os ensaios de alguns espetáculos, como o do autor canadiano residente em Londres Christopher Brett Bailey, enquanto este dava uns últimos retoques a “This is how we die” (É assim que morremos), o seu espetáculo, que inclui leituras e a atuação de uma banda. Os textos de Bailey inspiram-se nos trabalhos de Lenny Bruce, comediante de stand up, de William Burroughs, escritor e agudo crítico sopcial norte-americano, e nos filmes de série B.

“Escrevi umas coisas que me agradaram bastante. Como não era conhecido, era muito pouco provável que alguém quisesse publicar as minhas coisas. Por isso, comecei a ler o que escrevi em noites de poesia e aventurei-me em encontros de teatro. A resposta foi imediata e decidi montar todo um espetáculo com o que tinha andado a fazer,” explicou Bailey à EURONEWS.

“Como o resultado tem muita influência da Literatura Vanguardista norte-americana e dos primeiros tempos da Literatura Punk, foi algo muito natural termos colocado uma banda no espetáculo”.

A bailarina portuguesa Cláudia Dias estreou novo espetáculo no Alkantara Festival. No programa, dois eventos que tiveram lugar em 1974. A Revolução de 25 de abril, que pôs fim à ditadura salazarista em Portugal e a famosa Luta na Selva, o combate entre Muhammad Ali e George Foreman em Kinshasa. O trabalho resulta da colaboração com o autor espanhol Pablo Fidalgo Lareo e convida-nos a um choque entre corpos e palavras em permanente conflito. A EURONEWS falou com a artista lusa:

“Eu penso que é uma bela metáfora com a ideia de luta. E a luta que nós precisamos de desenvolver nos dias de hoje, tanto na Europa como no resto do mundo. Nós, estou a referir-me a democratas, humanistas e, portanto, penso que esta é a linguagem fundamental, não é?.. Para dar esta ideia de luta,” conta Cláudia.

Shostakovich and Hopper: some of the inspiration behind TG_STAN</a>’s &#39;The Cherry Orchard&#39; - <a href="https://twitter.com/hashtag/DRAFF?src=hash">#DRAFF</a> got the scoop. <a href="http://t.co/O9tFZJHj2A">pic.twitter.com/O9tFZJHj2A</a></p>&mdash; DRAFF (DRAFFmag) August 28, 2015

O grupo de teatro belga Tg STAN, de Antuérpia, (fundado em 1989) ensaiava a peça clássica de Anton Tchekhov “O jardim das Cerejeiras”, numa reinterpretação moderna. A obra conta a história de uma aristocrata russa quando esta volta com a família a uma casa que possuem, uma grande propriedade, pouco antes de que seja vendida para serem pagas dívidas. A propriedade inclui um famoso jardim com cerejeiras. A estreia da peça foi um sucesso, no Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa. A obra Jardim das Cerejeiras mistura comédia, farsa e tragédia, e continua muito atual, como explicou à EURONEWS Frank Vercruyssen, fundador do grupo Tg STAN:

“São textos clássicos, ou seja, universais. São textos que, quando utilizados, seja quando for, nos vão sempre falar de um momento que é o presente, que é atual. É isso que procurámos, encontrar o momento, o agora nesse texto de Tchekhov. Não temos a ambição de apresentar uma história passada no século XIX, mas algo recente, com um toque clássico.”

O enviado da EURONEWS a Lisboa, Wolfgang Spiendler, explica que, “quando o público gosta de uma peça reage como se tivesse o rato do computador na mão, com um clique, ao aplaudir, mas que, no caso do Alkantara Festival, pode apreciar-se o teatro como se faz desde os tempos dos gregos, porque saborear uma peça neste evento, não perdeu o encanto.”

#AlkantaraFestival2016 – The programs will be available from April 14 at alkantaralisboa</a> (Aren&#39;t they lovely?) <a href="https://t.co/YVY6tdIPFU">pic.twitter.com/YVY6tdIPFU</a></p>&mdash; alkantara (alkantaralisboa) April 12, 2016

Alkantara é uma organização da cidade Lisboa que se dedica ao desenvolvimento das artes performativas em Portugal e num contexto internacional. Aposta numa visão global menos eurocêntrica da criação contemporânea. É membro de diversas plataformas de intercâmbio (Como, por exemplo, Danse Bassin Mediterraine, On the Move, Fundação Anna Lindh, REDE– associação de estruturas para a dança contemporânea em portugal) e parceira em programas de colaboração internacional (Como a Next Step– promoção da criação artística europeia e a Départs– práticas para o desenvolvimento integrado da dança contemporânea europeia).

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Art Paris 2024: a cena artística francesa no centro das atenções, com jovens talentos em destaque

Andrey Gugnin recebe o primeiro prémio de 150.000€ no Concurso Internacional de Piano Clássico 2024

Festival Balkan Trafik! dá destaque à Moldova e às suas minorias