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Ópera contemporânea "Berenice" estreia em Paris

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Ópera contemporânea "Berenice" estreia em Paris
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De  Euronews
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A soprano canadiana Barbara Hannigan, especialista em ópera contemporânea, veste a pele de uma personagem complexa.

A sala de ópera de Paris celebra 350 anos de existência com a estreia mundial de "Berenice". A partir do texto original de Racine, o compositor suíço Michael Jarrell compôs uma ópera para o século XXI.

A soprano canadiana Barbara Hannigan, especialista em ópera contemporânea, veste a pele de uma personagem complexa.

"É muito interessante porque Berenice é uma obra fundamental na cultura francesa. É uma personagem forte. Quando olhei para a partitura, a primeira vez, vi que a obra tinha sido escrita para mim. Contém a virtuosidade que eu gosto de incarnar, com as minhas notas agudas e graves. Mas vê-se sobretudo a marca do compositor. Ele é muito bom e eu tenho de me transformar na personagem que ele criou", explicou Hannigan.

"No início, o canto é calmo mas rapidamente a forma de cantar torna-se nervosa com pequenos elementos que se repetem e representam a angústia. Ela começa a perceber que perdeu o controlo da situação", comentou Michael Jarrell.

A obra de Racine conta o amor trágico entre Berenice, rainha de Judeia e Tito que abdica da relação amorosa para tornar-se imperador de Roma.

"Tentei mostrar os conflitos interiores dos protagonistas e mergulhar profundamente na alma deles. Queria mostrar que a Berenice, no fundo, sabe, desde o início, que vai cair, que vai perder. Foi por isso que integrei ao longo da obra pequenos flashes que mostram que no fundo ela sabe que está condenada", contou o encenador Claus Guth.

"No final, a música desaparece, há algo que se esvai, há ressonâncias... É a música do adeus. O facto de ela não ter outra possibilidade cria uma poesia do amor muito forte, algo puro e sobrenatural", considerou o compositor suiço.

"Ela decide que tem de deixar Tito. Gosto deste efeito de desaparecimento gradual porque o amor não morre. O ser humano não morre. A relação não morre, mas há algo que desaparece, penso que é algo muito poético", concluiu Barbara Hannigan.

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