Escultor e pintor italiano continuou a produzir obras de arte até morrer, aos 89 anos de idade.
Um talento único que não foi ofuscado pela passagem do tempo.
Uma exposição no Museu Britânico, em Londres, mostrará as últimas obras de Michelangelo, de quando tinha cerca de 50 anos até à altura em que morreu, aos 89 anos.
A exposição revela como o criador da escultura de David e do fresco do teto da Capela Sistina desafiou a idade e permaneceu intensamente ativo e ambicioso à medida que envelheceu.
"Penso que é importante olhar para toda a carreira de Michelangelo, e esta exposição olha para os seus últimos anos de vida. E é importante notar que ele viveu até os 89 anos numa época em que as pessoas morriam aos 30 e 40 anos, era bastante normal", realça Tabish Khan, um crítico de arte.
"Então vemos o quão prolífico ele foi ao longo dos seus últimos anos e como o seu estilo evoluiu. Tornou-se um pouco mais solto e um pouco mais abstrato. E esse é um lado diferente de Michelangelo do que estamos acostumados", acrescenta.
As últimas obras de arte de Michelangelo têm uma forte inspiração em imagens religiosas e na iconografia, refletindo uma contemplação sobre a vida e a morte.
Um dos esboços finais do escultor e pintor italiano seria para a cúpula da Basílica de São Pedro em Roma, um projeto que sabia que nunca iria ver concretizado.