Jovens portugueses defendem em Estrasburgo ação dos governos face às alterações climáticas

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Contra a inação face às alterações climáticas, seis jovens portugueses começam a defender a sua causa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, quarta-feira.

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Seis anos depois de iniciarem um processo contra a inação em relação às alterações climáticas, seis jovens portugueses começam a defender a sua causa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, em Estrasburgo, na quarta-feira. 

É a primeira queixa do género a chegar à barra dos tribunais. Para a acusação trata-se de garantir o seu futuro. Um dos jovens, André Santos Oliveira, de 15 anos, explicava que há cada vez mais "ondas de calor e secas extremas", em Portugal, "que podem ser fatais em alguns casos". Um calor que, frisava, "está a ameaçar" o seu "direito à vida e outro direito importante" que está identificado no processo que agora arranca, "o direito a ter uma vida privada". Como exemplo o jovem dava o facto de não conseguir estar no seu "quarto a estudar ou a dormir" ou "fazer alguma atividade ao ar livre, andar de bicicleta, jogar basquetebol, devido ao calor. "Quero sair para, mas está tanto calor que não consigo, não consigo”, desabafava.

Não pretendem indemnizações monetárias. Querem que os governos adotem políticas mais verdes e mudem os comportamentos. Sofia Santos Oliveira, de 18 anos, dizia-se frustrada "perante a inação dos governos, que dizem que é uma preocupação secundária em vez de ser uma prioridade. Proteger o planeta é tão importante como proteger a economia. Está tudo ligado", afirmava a jovem.

O grupo, que está a ser apoiado pela ONG “Global Legal Action Network”, poderá ter de esperar 18 meses até ao veredito. Se ganhar a causa os 32 governos que "estão em cheque" ficam, legalmente, obrigados a reforçar as políticas climáticas e podem abrir-se portas à apresentação de outras queixas.

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