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Portugal "animou" debate eleitoral europeu

Portugal "animou" debate eleitoral europeu
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De  Isabel Marques da Silva
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Portugal "animou" debate eleitoral europeu

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A campanha para as eleições europeias está a todo o vapor nos 28 Estados-membros. Mas houve apenas um debate com todos os candidatos a presidente do executivo europeu escolhidos por seis dos grupos políticos com assento no Parlamento Europeu. O debate, quarta-feira, em Bruxelas, foi organizado pela Eurovisão e transmitido pela euronews.

O tema da migração aqueceu os ânimos: "De cada vez que alguém morre no (mar) Mediterrâneo, a Europa perde um pouco de sua alma. Estamos a perder os nossos valores ao não resolvermos este problema", disse o socialista holandês Frans Timmermans.

"Nunca repetiria o erro da Comissão Europeia que criou quotas obrigatórias para os refugiados, que infelizmente não funcionaram e que apenas aprofundaram a divisão entre países de este e de oeste na Europa", respondeu o conservador checo, Jan Zahradil.

A austeridade em Portugal

O impacto da austeridade também revelou importantes divergências ideológicas, com Portugal a ser dado como exemplo.

"Quando António Costa veio com planos para criar mais justiça social, mais empregos e crescimento económico, a Comissão Europeia disse: "Vá em frente"; mas Manfred Weber disse: "Não, castiguem Portugal", apontou Frans Timmermans.

"Tenho de lembrar a todos que, nos últimos cinco anos, foi o comissário europeu Pierre Moscovici, que é socialista, que teve a pasta de gestão da zona euro. Atualmente há um ministro das finanças socialista, de Portugal, que preside ao Eurogrupo, o órgão responsável por essa matéria. Penso que todos devem assumir a sua responsabilidade, incluindo os socialistas que não devem atacar suas próprias políticas", respondeu Manfred Weber, alemão do centro-direita.

O desafio do clima

O empenho popular na luta contra as alterações climáticas, incluindo da parte dos mais jovens, fez os candidatos reconhecerem a urgência de encontrar respostas políticas para esse desafio.

"Nós sabemos o que é preciso fazer, os instrumentos de política necessários são conhecidos, estão sobre a mesa e só e preciso agir mas, infelizmente, outros grupos políticos aqui presentes têm constantemente votado contra o progresso na luta contra a crise do clima, que é uma real crise", avisou a alemã Ska Keller, dos Verdes.

"Milhões de empregos podem ser criados. Por exemplo, construir linha férrea de alta velocidade na Europa para ligar as cidades e garantir que as pessoas possam usar menos os aviões e mais os comboios", sugeriu Margete Vestager, liberal dinamarquesa.

"Estou absolutamente contra a ideia de tentar resolver o problema carregando nos impostos dos cidadãos mais frágeis, tal como fez o presidente Macron em França. Para salvar os bancos gastaram 300 mil milhões de euros, pelo que também há recursos para a batalha climática", referiu o belga de esquerda radical, Nico Cué.

O sistema de candidatos principais visa aproximar os eleitores do processo de escolha de líderes das instituições europeias.

Mas não é claro que o mais votados conquistem os postos, porque os líderes dos Estados-membros não querem abdicar do voto que que os tratados lhes confere nessa matéria.

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