Um das formas de concretizar o Pacto Ecológico Europeu, prometido pela Comissão Europeia, para criar uma economia competitiva e que trave as alterações climáticas é o novo Fundo para a Transição Justa da União Europeia, que será gerido pela comissária Elisa Ferreira.
Um das formas de concretizar o Pacto Ecológico Europeu, prometido pela Comissão Europeia, para criar uma economia competitiva e que trave as alterações climáticas é o novo Fundo para a Transição Justa da União Europeia.
Serão 7,5 mil milhões de euros para alavancar mais investimento público e privado que deve chegar aos 100 mil milhões de euros.
Um dos objetivos é reconverter a indústria de produção de energia com base em combustíveis fósseis, tais como o carvão, mas também os setores da habitação e dos transportes.
"Precisávamos de um instrumento para ajudar essas regiões a fazer a transição sem grandes custos socioeconómicos", disse a comissária europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, que vai gerir este fundo que faz parte do Plano Europeu para o Investimento Sustentável.
Polónia pede décadas para a transição
Um dos países que mais necessita dessa ajuda é a Polónia, cuja economia depende em larga maioria do carvão. O governo ultraconservador tem sido crítico da pressão para reconverter rapidamente e um eurodeputado polaco de centro-direita, Jerzy Buzek, alerta que este deve ser um projeto de longo prazo.
"Precisaremos de uma ou duas décadas, porque é impossível fazê-lo em apenas alguns anos. Quase 80% da geração de eletricidade do país é feita a partir do carvão", explicou Buzek à euronews.
Do outro lado da barricada estão os eurodeputados dos Verdes que temem que estes anúncios de grandes financiamentos não conduzam, efetivamente, a mudanças significativas.
"Nós já temos dúvidas sobre este fundo porque não parece estar realmente vinculado a uma transição. O objetivo principal é ajudar as regiões com mais dificuldades nessa transição, mas se não houver um compromisso sério com esse modelo, qual é a finalidade do fundo?", questionou Ska Keller, eurodeputada alemã dos verdes.
E há a questão controversa da tecnologia nuclear. Alguns governos, tais como o francês, consideram que é uma fonte limpa em termos de emissões de gases poluentes, mas opinião contrária têm, por exemplo, os governos da Alemanha e da Áustria.