Malta recupera Citadela secular ao abandono

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De  Aurora VelezEuronews
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Escavações durante as obras de recuperação permitiram descobrir alguns tesouros escondidos.

Ao longo dos séculos, vários fins moldaram a história da "Citadella" da ilha de Gozo, em Malta. Por vezes, centro religioso, outras vezes pólo de defesa, ou mesmo admninistrativo, por ela passaram, povos como os fenícios e os romanos, até ser entregue ao abandono. Recentemente, um projeto europeu permitiu a restauração do sítio histórico para trazê-lo até à atualidade.

Stephen Cini, da Direção do Património Cultural (MGOZ), conta que foram restaurados "a maior parte das fachadas, os edifícios históricos dentro da cidadela". Do espaço foram também retiradas algumas casas de banho públicas, por serem "muito intrusivas" na paisagem. Também "praças e ruas foram recriadas e repavimentadas e estão hoje mais acessíveis".

Escavações dão tesouros a decobrir

Conhecida também como "Castello", a Cidadela alberga dentro de muralhas várias igrejas, como a Catedral de Nossa Senhora da Assunção, do século XVII.

A reabilitação deste bastião, que os gozitanos usaram como refúgio dos invasores, revelou passagens secretas e outros tesouros escondidos.

"Durante a escavação, deparámo-nos com a antiga entrada da Cidadela e tivemos de escavar devagar, lentamente, para não danificar o material original. Está intacta e é possível passar por ela. Também encontrámos silos da Idade do Bronze", revela a arquiteta Roberta Attard.

A restauração foi realizada entre março de 2014 e junho de 2016. Mas os trabalhos de manutenção da Cittadella – que, no ano passado, ganharam oprémio Regiostars para melhor projeto europeu - ainda estão em curso.

O orçamento final ascendeu aos 14,8 milhões de euros. 85% do montante foi financiado pela Política de Coesão Europeia e os restantes 15% por Malta.

Um milhão de visitantes por ano

Todos os anos, cerca de um milhão de visitantes vêm descobrir este património cultural. Um dos principais pontos de interesse é o atual centro de visitantes onde, durante o domínio britânico, estavam dois reservatórios de água.

No fim da visita, Océane garante que vale a pena.

"Ficámos a saber que a França esteve envolvida na história dos Gozo, os otomanos também. Podemos ficar a saber toda a história através das placas, mas sobretudo visitando o museu, que está bem documentado. E à saída sentimo-nos um poço de cultura".

Mas a Citadella de Gozo não é apenas história. O promontório onde se situa, povoado por plantas e animais endémicos, está situado numa zona Natura 2000.

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