Migração e reindustralização devem marcar presidência espanhola da UE

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, explicou que pacto de migração e asilo deve avançar
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, explicou que pacto de migração e asilo deve avançar Direitos de autor JAVIER SORIANO/AFP or licensors
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De  Aida Sanchez AlonsoAna Lázaro, Isabel Marques da Silva
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O governo de Espanha recebeu, segunda-feira, em Madrid, a Comissão Europeia, para assinalar o início da sua presidência do Conselho da União Europeia (UE). A gestão da migração e asilo vai ser uma das questões importantes, em particular depois da cimeira da semana passada.

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"No que toca ao Pacto da UE para a Migração e Asilo, as partes mais importantes foram decididas pela via que o Tratado da UE nos permite fazê-lo: por maioria qualificada. Esta é a via legislativa e estou muito confiante de que seremos capazes de o concluir", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em conferência de imprensa, em Madrid.

Na cimeira da UE, sexta-feira passada, a Hungria e a Polónia invalidaram um parágrafo das conclusões para endossar um acordo ministerial nesta matéria, obtido no início do mês, tendo sido os únicos Estados-membros a fazê-lo. 

Estes países criticam que se tomem decisões por maioria qualificada nesta matéria, o que os obriga a aceitar um mecanismo de solidariedade que propõe receber refugiados ou contribuir para um fundo.

Reindustrialização e Ucrânia

Por seu lado, o governo espanhol pretende apostar na reindustrialização da UE, sobretudo para reduzir a dependência de matérias-primas cruciais e tecnologias estratégicas. Uma prioridade ditada pelo corte de relações com a Rússia e o aumento da rivalidade com a China.

Neste processo, creio que a Europa vai precisar de muitos mais aliados do que os que tem. E, da parte de Espanha, estamos convencidos de que a região da América Latina e das Caraíbas pode e deve ser uma delas.
Pedro Sánchez
Presidente do governo, Espanha

Uma das estratégias passa por novos acordos com outras regiões, nomeadamente aquela com a qual a UE terá uma cimeira já em meados deste mês, em Bruxelas.

"Neste processo, creio que a Europa vai precisar de muitos mais aliados do que os que tem. E, da parte de Espanha, estamos convencidos de que a região da América Latina e das Caraíbas pode e deve ser uma delas", disse Pedro Sánchez, presidente do governo espanol, na conferência de imprensa.

Manter o apoio inabalável à Ucrânia é outra prioridade que o governo herda das anteriores presidencias rotativas desde aquele país foi invadido pela Rússia, em fevereiro de 2022.

Embora muitos destes planos possam manter-se, há o risco da presidência espanhola ser feita noutro estilo e com algumas alterações de agenda se o atual governo de coligação de centro-esquerda perder as eleições antecipadas de 23 de julho.

"Quer a cor do governo mude ou não, o trabalho de Espanha durante os seis meses da sua presidência não deverá sofrer grandes alterações. Desde o Tratado de Lisboa, o peso da presidência é menor e o principal papel dos países que a exercem é atuar como árbitros nas reuniões de ministros da UE", explicou a enviada da euronews, Aida Sanchez Alonso.

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