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Von der Leyen condena violência após parlamento da Geórgia aprovar "lei da transparência"

Um manifestante gesticula enquanto argumenta com a polícia durante um protesto contra a 'lei russa' perto do edifício do Parlamento em Tbilisi, 1 de maio de 2024
Um manifestante gesticula enquanto argumenta com a polícia durante um protesto contra a 'lei russa' perto do edifício do Parlamento em Tbilisi, 1 de maio de 2024 Direitos de autor Zurab Tsertsvadze/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Zurab Tsertsvadze/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De  Euronews com AP
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Artigo publicado originalmente em inglês

Os críticos temem que a lei possa ser usada para silenciar a imprensa e as organizações não-governamentais e inviabilizar as hipóteses de adesão do país à União Europeia. A Geórgia é país candidato desde dezembro de 2023.

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou a violência policial na Geórgia, após o parlamento do país ter aprovado a controversa lei da transparência da influência estrangeira.

"Estou a acompanhar a situação na Geórgia com grande preocupação e condeno a violência nas ruas de Tbilisi", escreveu nas rede social X, acrescentando que "o povo georgiano quer um futuro europeu para o seu país". 

"A Geórgia está numa encruzilhada. Deve manter o rumo na estrada para a Europa", exortou a presidente da Comissão Europeia.

O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, também condenou a violência nos protestos de quarta-feira.

"Condeno veementemente a violência contra os manifestantes", escreveu Borrell na rede social X, apelando "às autoridades [georgianas] para que garantam o direito à mobilização pacífica."

Usar a força para "suprimir" os protestos é "inaceitável", acrescentou.

Vários manifestantes foram detidos e espancados, incluindo o líder do partido da oposição Movimento Nacional Unido, Levan Khabeishvili, que partilhou uma imagem onde surge com ferimentos graves no rosto. 

Apelidado de "lei russa", o projeto de lei exige que os orgãos de comunicação social e organizações não comerciais se registem como estando "sob influência estrangeira" se receberem mais de 20% de financiamento do exterior.

Legislação semelhante adotada na Rússia foi usada para ajudar a silenciar vozes e grupos críticos do Kremlin.

Os georgianos temem que a lei possa ser usada para calar a imprensa e as organizações não governamentais e inviabilizar as hipóteses do país aderir à União Europeia. A Geórgia tem o estatuto de país candidato desde dezembro de 2023.

"Eu acho que a prontidão das pessoas para lutar pela sua liberdade, para lutar pelo seu futuro europeu, é tão alta que nós definitivamente superaremos e definitivamente defenderemos a nossa liberdade, não importa quanto tempo isso leve", disse Elene Khostaria, líder do partido de oposição Droa.

O apoio à adesão à UE entre os 3,7 milhões de cidadãos da Geórgia chega a 81%, de acordo com uma sondagem de 2022 do Instituto Nacional Democrático.

Mas os defensores do projeto de lei, proposto pelo partido de governo Sonho Georgiano, dizem que é necessário garantir a transparência e a soberania nacional.

A presidente do país, Salomé Zourabichvili, também recorreu às redes sociais para criticar a atuação da polícia durante os protestos de terça-feira à noite, que resultaram em agressões aos manifestantes e pelo menos 63 detenções.

A chefe de Estado georgiana descreveu a violência policial como "totalmente injustificada, não provocada e desproporcional".

Zourabichvili prometeu vetar o projeto de lei, mas o partido no poder pode ultrapassar o veto se conseguir recolher 76 votos quando o diploma for devolvido ao Parlamento.

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