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Eleições Europeias: quem vai tirar partido da revolta dos agricultores espanhóis?

Protesto de organizações de defesa dos agricultores de vários países europeus em Valência, Espanha.
Protesto de organizações de defesa dos agricultores de vários países europeus em Valência, Espanha. Direitos de autor Euronews
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Principais associações de defesa dos agricultores em Espanha optaram por não apresentar candidaturas às eleições europeias, sendo que algumas têm membros próximos da extrema-direita. Segundo os analistas, os protestos contra as políticas agrícolas da União Europeia beneficiam o Vox.

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A extrema-direita europeia pretende conquistar o apoio do setor agrícola nas próximas eleições de junho e juntou-se a uma manifestação em Valência, Espanha, onde estiveram presentes organizações espanholas de defesa dos agricultores.

Entre as novas plataformas de apoio à vida agrícola está o 6-F que, juntamente com uma dezena de associações europeias, reclama o fim do Pacto Verde, a proteção do mercado interno europeu e a redução dos acordos de comércio livre com países terceiros.

"Quem usa o crachá da Agenda 2030 é inimigo do mundo rural", afirma Lola Guzmán, porta-voz do 6-F.

Embora o 6-F seja um movimento independente, alguns dos seus organizadores são figuras próximas da extrema-direita.

No entanto, a nova organização agrícola pan-europeia, a neerlandesa Força de Defesa dos Agricultores, não vai pedir votos num partido específico.

"O que fizemos foi colocar faixas com os logótipos do partido que fez coisas muito más para os agricultores e para os cidadãos neerlandeses, e colocámos uma cruz vermelha. E as pessoas perceberam.", diz Sieta van Keimpema, da Força de Defesa dos Agricultores.

As principais organizações de defesa dos agricultores em Espanha optaram por não disputar diretamente as eleições.

Talvez tenham aprendido com a experiência dos coletes amarelos em França que, em 2019, apresentaram duas candidaturas diretas às eleições europeias e não conseguiram o 1% necessário para obter representação.

A espanhola SOS Rural, que reúne mais de 500 organizações do setor primário, está a tentar influenciar os partidos políticos a adotarem as suas reivindicações nos seus programas eleitorais.

"Acreditamos que com um deputado, dois deputados ou três deputados, a nossa capacidade de influência é bastante limitada. Precisamos de influenciar os principais grupos políticos na Europa, seja o grupo Popular ou o grupo Socialista, para tentar moldar as políticas na Europa", refere Javier Poza, secretário-geral da SOS Rural.

Apesar das semelhanças com o Vox, o SOS Rural parece ter-se distanciado das ideias mais conservadoras do partido de extrema-direita espanhol. 

No entanto, os protestos contra as políticas agrícolas da União Europeia beneficiam o Vox, segundo os analistas. Quem conquistará os 700 mil agricultores espanhóis? 

O voto dos trabalhadores deste setor será decisivo nas próximas eleições europeias.

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