EventsEventos
Loader

Find Us

FlipboardLinkedin
Apple storeGoogle Play store
PUBLICIDADE

Governação global

Governação global
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

Em Monte Carlo, no Principado de Mónaco, decorreu a 6ª edição da Conferência sobre Política Mundial. Cerca de 300 políticos, empresários, representantes de organizações internacionais reunidos para uma análise geopolítica e económica que abrange todas as regiões do mundo.

A primeira sessão ficou marcada pela decisão iraniana de abandonar as negociações sobre o seu programa nuclear, depois dos Estados Unidos decidirem alargar as sanções. Didier Reynders, vice primeiro-ministro belga, dá-nos o seu ponto de vista sobre esta matéria:

“Numa questão tão delicada, esperam-se sempre crises, interrupções. O importante é haver um retorno à mesa das negociações. Espero que façamos o possível para reunir, novamente, os parceiros porque a crise iraniana é provavelmente, em termos geopolíticos, a crise mais significativa para a segurança no mundo.”

Ali Babacan, vice primeiro-ministro turco, não tem dúvidas quanto à posição do seu país:

“Nós defendemos que cada nação soberana tem o direito a possuir e usar a tecnologia nuclear para fins pacíficos. Mas somos contra as armas nucleares, contra as armas de destruição massiva na nossa região ou em qualquer outra.”

A crise síria e a decisão dos EUA e do Reino Unido interromperem o fornecimento de armas aos rebeldes foi sido debatida na conferência, Didier Reynders vê essa decisão com bons olhos:

“Nunca defendi o fornecimento de armas se não tivermos uma visão muito clara sobre quem vai usá-las. Há muita confusão hoje na Síria. Precisamos de ter muito cuidado no fornecimento de armas e no apoio que damos mas, devemos fazer tudo para trazer os parceiros de volta à mesa das negociações.”

A União Europeia também está a passar por uma crise geopolítica, com a recusa da Ucrânia em assinar o tratado de associação e as consecutivas manifestações em Kiev. Thierry de Montbrial, fundado e Presidente da WPC, acredita que a situação acabará por resolver-se:

“Acho que acabará por haver um acordo com a União Europeia, mas o que temos de ver é que a UE também deve ser capaz de honrar os seus compromissos. Falar retoricamente sobre a Ucrânia é muito bom, mas será que a UE tem, realmente, vontade e meios para investir, a fundo, mesmo no plano económico, na Ucrânia? Não estou seguro.”

A crise económica na Europa significa, em primeiro lugar, problemas sociais como o desemprego, elevado em vários países, particularmente, entre os jovens. Joaquín Almunia, comissário europeu explica as medidas que estão a ser adotadas para amenizar a situação:

“Aprovámos uma estratégia de ajuda aos países e às suas políticas de emprego. Criámos, por exemplo, uma garantia de emprego para jovens. A Comissão gere também as contribuições dos Estados-membros, para os próximos dois anos, ou seja, seis mil milhões de euros para programas específicos de apoio ao emprego jovem”.

A cibersegurança e proteção da vida privada é outro grande problema que, na Europa, poderá afetar não apenas questões éticas, mas também a sua competitividade económica. Carl Bildt, ministro sueco dos Negócios Estrangeiros, acredita que é preciso estar alerta:

“Devemos estar conscientes do impacto económico da revolução do Big Data, os norte-americanos, que têm enormes vantagens nos preços da energia. Aquilo que vai ter um impacto negativo sobre a economia europeia também pode ser uma grande vantagem. Não devemos dar aos americanos muitas vantagens em termos de competitividade “ .

Não há soluções simples para as muitas emergências internacionais. Diplomacia, diálogo e confronto democrático continuam a existir, para muito, a melhor forma de avançar.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Porto de Baku: o polo comercial eurasiático focado em expandir e acelerar o crescimento

Watches and Wonders 2024: a elite da relojoaria revela as suas criações em Genebra

Prémios CDP 2024: celebrar os gigantes europeus que mais avançam na transição energética