França acusa Rússia de manobras de desinformação "hostis" contra aliados ocidentais da Ucrânia

França acussa Rússia de espalhar desinformação sobre aliados da Ucrânia
França acussa Rússia de espalhar desinformação sobre aliados da Ucrânia Direitos de autor Captura de pantalla de imágenes de EBS.
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Autoridades francesas falam em páginas de internet que propagam narrativas enganadoras e canais nas redes sociais, como o Telegram, que partilham conteúdo de forma automática e em grande escala. Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido e Espanha são alguns dos países visados.

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A França acusou a Rússia de levar a cabo uma campanha de manipulação de informação na internet de longa duração, considerando que estão em causa manobras "hostis". 

"Nenhuma tentativa de manipulação vai desviar a França do seu apoio à Ucrânia perante a agressão da Rússia", pode ler-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

A Viginum, agência francesa responsável pelo combate à interferência digital estrangeira, analisou entre setembro e dezembro do ano passado uma rede com o nome de código Portal Kombat. 

Segundo a Viginum, trata-se de um conjunto de "pelo menos 163" sites na internet, que usam o nome de pravda, que publicam constantemente "narrativas imprecisas ou enganadoras" sobre países como os Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Áustria, Suíça, Polónia ou Espanha.

"A Rússia procura destruir a unidade da Europa, e, pior, quer esgotar as nossas democracias ao esbater o limite entre o que é real e o que é falso, ao manipular informação", afirmou Stéphane Séjourné, ministro dos Negócios Estrangeiros de França. 

A plataforma estende-se às redes sociais, nomeadamente ao Telegram, com conteúdo propagado de forma automática e em larga escala. 

A França defende que o objetivo da campanha de desinformação é justificar a invasão da Ucrânia, apresentando a ofensiva militar russa como um sucesso, derrubar o moral das tropas e civis ucranianos, e ainda enfraquecer o apoio ocidental à Ucrânia, atrasando ou mesmo pondo fim ao fornecimento de armas a Kiev. 

Os Estados Unidos salientam que a propaganda russa é também espalhada através da "Iniciativa Africana", uma nova agência de informação alimentada pelo serviços de inteligência russos. 

Segundo o Departamento de Estado norte-americano, a agência foca-se nas relações entre a África e a Rússia e difunde desinformação sobre os Estados Unidos e países europeus.   

Em setembro,  a EU DisinfoLab, uma organização não-governamental dedicada à União Europeia,  denunciou uma rede de informação russa que tem estado a operar na Europa desde pelo menos maio de 2022.

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