Conselho de Segurança da ONU pondera proposta russa para o Iémen

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Lusa — O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), através de Dina Kawar, a embaixadora da Jordânia que preside ao organismo, pediu “tempo para

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Lusa — O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), através de Dina Kawar, a embaixadora da Jordânia que preside ao organismo, pediu “tempo para refletir” numa proposta da delegação da Rússia para suspender, por razões humanitárias, os ataques aéreos da coligação liderada pela Arábia Saudita no Iémen.

A iniciativa da Rússia, próxima do Irão, obteve uma receção mista. De acordo com fontes diplomáticas, o embaixador da Arábia Saudita junto da ONU não revelou ainda se Riade aceita a proposta.

A campanha militar, liderada pela Arábia Saudita, desde 26 de março, está a dificultar o avanço dos rebeldes xiitas ‘hutis’, próximos do Irão, que pretendem tomar a cidade portuária de Aden, no sul do país, depois de terem tomado a capital, Sanaa, e outras regiões no norte e no centro.

#Yemen teeters on brink of civil war – #humanitarian challenges deepen http://t.co/6y1Qz5ZM5spic.twitter.com/azyMtMXgp0

— IRIN News (@irinnews) 25 março 2015

No terreno, as milícias ‘hutis’ deparam com a resistência dos “comités populares”, uma força paramilitar apoiada pelo Presidente iemenita, Abd Rabbo Mansou Hadi, que, perante o avanço rebelde, deixou Aden para se refugiar na Arábia Saudita, o primeiro-ministro demissionário, Khaled Bahah, também fugiu para o reino saudita.

No sábado, também o primeiro-ministro demissionário, Khaled Bahah, fugiu para o reino saudita.

Perante a situação de crise, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediu uma pausa de 24 horas para levar apoio médico à população civil. Mas, em Riade, o general Ahmed Assiri respondeu que a ajuda humanitária seria autorizada apenas quando as condições assim o permitissem. “A operação humanitária faz parte do nosso trabalho”, declarou, acrescentando: “Não queremos abastecer as milícias, nem que o fornecimento de ajuda interfira com as operações militares.”

Por seu lado, o Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, fez saber que a prioridade do Cairo, membro da coligação militar árabe que apoia Hadi, era garantir a segurança da navegação no mar Vermelho e no estreito de Bab el-Mandeb, que separa África da Península Arábica, perto da cidade iemenita de Taez. Este estreito tem grande importância estratégica para o Egito, Israel ou ainda para os Estados Unidos ou a França, dada a proximidade com o Djibuti.

#Egypt sends large naval-marine force to Bab el-Mandeb http://t.co/vjfJ3P7oAE#Navy

— IAMSPonline (@IAMSPonline) 5 abril 2015

Gulf of Aden Security Review – April 3, 2015 | Critical Threats http://t.co/xX7yg8vLEC#GoA

— IAMSPonline (@IAMSPonline) 4 abril 2015

Os combates em Aden, desde a entrada dos ‘hutis’ a 25 de março, causaram “185 mortos e 1.282 feridos”, dos quais “75 por cento de civis”, disse à agência noticiosa francesa AFP o chefe de departamento da Saúde, Al-Khader Lassuar. Este balanço não inclui as vítimas do lado dos rebeldes.

O último balanço oficial da ONU data de quinta-feira e indicava 519 mortos e 1.700 feridos em duas semanas de combates no Iémen.

Numa pequena vila , nos arredores de Sanaa, morrem pelo menos 11 civis, entre eles crianças, na sequência de raides aéreos da aliança liderada pela Arábia Saudita contra posições controladas pelos rebeldes xiitas “hutis”. Com os combates, os mortos e feridos não param de aumentar no Iémen.

Yemen rebels advance in battleground city of Aden, Saudis face calls for humanitarian pause in air strikes http://t.co/SEelatOOyB#Yemen

— Agence France-Presse (@AFP) 5 abril 2015

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