Hubble, há 25 anos a fotografar para lá da "última fronteira"

Hubble, há 25 anos a fotografar para lá da "última fronteira"
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Às costas do vaivém Discovery, o primeiro telescópio espacial foi colocado em órbitra pela NASA e pela ESA a 24 de abril de 1990

PUBLICIDADE

Lusa — O telescópio Hubble, que revolucionou a astrofísica com as imagens que captou a partir do espaço, comemora esta sexta-feira 25 anos sobre a sua colocação em órbita pelo vaivém espacial Discovery.

Em 24 de abril de 1990, o primeiro telescópio espacial, projeto da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA) e da Agência Espacial Europeia (ESA) e batizado com o nome do astrónomo norte-americano Edwin Powell Hubble, partiu a bordo do Discovery para ser colocado em órbita a uma distância de 559 quilómetros da Terra, com a promessa de libertar a observação do universo das interferências da atmosfera terrestre e para lá da “última fronteira” à exploração humana, o espaço.

Celestial fireworks celebrate NASA/ESA #Hubble25HUBBLE_space</a> <a href="https://twitter.com/HubbleTelescope">HubbleTelescopeNASA_Hubble</a> <a href="http://t.co/R232OCYFCv">http://t.co/R232OCYFCv</a> <a href="http://t.co/SrDR8vlY2f">pic.twitter.com/SrDR8vlY2f</a></p>&mdash; ESA (esa) 23 abril 2015

O Hubble fotografou buracos negros e captou a existência de quatro luas de plutão — Nix, Hidra, Cérbero e Estige – até então desconhecidas, permitiu a observação do nascimento e da morte de estrelas e de galáxias longínquas, revelou que o universo está a expandir-se a um ritmo mais elevado do que se supunha e mostrou aspetos desconhecidos dos planetas Saturno, Júpiter e Plutão.

Mas o sucesso do telescópio esteve em causa quando, três semanas após a colocação em órbita, os cientistas responsáveis pelo telescópio detetaram, através das primeiras imagens que receberam, a existência de um problema no espelho principal do aparelho, o que parecia comprometer todas as potencialidades do Hubble.

"Equipped with his five senses, man explores the universe around him and calls the adventure science." Edwin Hubble pic.twitter.com/t1qoxv8gs3

— Hubble (@NASA_Hubble) 23 abril 2015

Reparado em 1993, naquela que foi a primeira missão de reparação espacial de grande envergadura, o Hubble começou a fornecer à ciência imagens do universo distante, em luz ultravioleta, infravermelha e em luz visível, de uma clareza inédita.

Uma das mais conhecidas imagens captadas pelo Hubble ficou conhecida como “Os Pilares da Criação”, três colunas de poeira cósmica, onde acontece o nascimento de estrelas, na nebulosa da águia.

Outra imagem do Hubble que correu mundo foi a do campo ultra-profundo, que mostra galáxias, estrelas e objetos muito distantes, classificada como o retrato mais completo do universo visto no espetro visível.

A capacidade do Hubble de perscrutar os confins do universo significa que em muitos casos os corpos celestes que o telescópio revelou à ciência já terão deixado de existir quando a sua luz chega aos espelhos e lentes do Hubble.

Edwin Powell Hubble ficou famoso por ter descoberto que as chamadas nebulosas afinal eram galáxias como a Via Láctea, mas muito distantes.

Explore beautiful NASA_Hubble</a> images from each year the telescope has orbited: <a href="http://t.co/rPap74EWwF">http://t.co/rPap74EWwF</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Hubble25?src=hash">#Hubble25</a> <a href="http://t.co/LDkLNQt5FK">pic.twitter.com/LDkLNQt5FK</a></p>&mdash; NASA (NASA) 23 abril 2015

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Agência Espacial Europeia selecionou cinco novos astronautas entre mais de 20 mil candidatos

Depois do cancelamento na semana passada, nave espacial russa descola do Cazaquistão

Lançamento da Soyuz abortado a segundos da descolagem