Iémen: Bombardeamentos intensificam-se na véspera de "trégua humanitária"

Iémen: Bombardeamentos intensificam-se na véspera de "trégua humanitária"
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Os aviões da coligação militar árabe lançaram um novo ataque em larga escala sobre várias posições das milícias Houtis, esta segunda-feira, na

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Os aviões da coligação militar árabe lançaram um novo ataque em larga escala sobre várias posições das milícias Houtis, esta segunda-feira, na véspera do início de uma trégua humanitária de cinco dias.

Os bombardeamentos visaram várias cidades do país, assim como zonas junto à fronteira com a Arábia Saudita.

Raining of HELL! Missiles & bombs randomly flying after depot was hit in Nuqum reaching many areas in #Sanaa#yemen! pic.twitter.com/232g4Z9yIl

— • أحـ م ـد|Sayaghi • (@AhmedSayaghi) May 11, 2015

No domingo, um dos ataques tinha atingido a residência do ex-presidente do país, na capital Sanaa. Ali Abduallah Saleh, que escapou ileso ao ataque, é um aliado das milícias xiitas, mas defensor da implementação de uma trégua e da retoma das negociações.

“O que está a acontecer é injustificável, um ataque contra o povo do Iémen e contra mim como iemenita. O ataque contra mim não pode ser um ataque contra todo o país e todos os cidadãos. Mas eles atacaram-nos de Saddah a Aden, de Hadramaut a Meedi. Trata-se de um genocídio, uma guerra de vingança e ódio contra o povo iemenita”, afirmou Saleh, entrevistado frente à sua casa em ruínas.

Os Houtis, que declararam aceitar a trégua a partir de terça-feira, às 23h00 locais, afirmaram, por seu lado, ter abatido um avião militar marroquino, na província de Saada, junto à fronteira saudita.

#Yemen - #Houthi's released the photos of Moroccan F-16 in #Saada, Claim to short down & pilot killed. pic.twitter.com/8FpzYvBNgx

— Terrormonitor.org (@Terror_Monitor) May 11, 2015

O cessar-fogo deverá permitir a entrada de ajuda humanitária no territorio, onde o conflito entre os partidários do presidente Hadi e as milícias xiitas já provocaram 1400 mortos e mais de seis mil feridos.

Os Estados Unidos esperam relançar as discussões de paz, a partir de quarta-feira, em Washington, com uma cimeira internacional que deverá ser boicotada pelos monarcas saudita e dos países do Golfo.

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