Marcha dos sobreviventes de Srebrenica

Marcha dos sobreviventes de Srebrenica
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De  Maria-Joao Carvalho com Laurence Alexandroviwicz
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Milhares de pessoas refizeram hoje o caminho que as levou à liberdade, há 20 anos. Como uma terapia, os caminhantes fazem a marcha no sentido inverso

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Milhares de pessoas refizeram hoje o caminho que as levou à liberdade, há 20 anos. Como uma terapia, os caminhantes fazem a marcha no sentido inverso do percorrido por 14 mil homens que fugiram de Srebrenica em julho de 1995, para chegarem à zona livre, 80 km a norte.
Três dias neste caminho da paz, até ao local do genocídio que, ainda hoje, muitos tentam negar.

*Djile Omerovic:

- Comparo isto a um regresso, ao caminho do passado, ao encontro do passado. Caminhamos até à fadiga completa, quase a cair. Lembro-me de um companheiro ferido nas duas pernas, mas caminhou em 95, andava e chorava, mas conseguiu.*

Djile é o ponto de partida desta marcha. Há 21 anos, vagueou dois meses na floresta, fugindo aos soldados sérvios, até chegar à zona livre. Como ele , Pilav, jovem médico, fugiu com o mesmo grupo.

*Pilav Ilijaz:

- A coluna foi atacada desde o primeiro dia, à saída de Srebrenica. O ataque foi assustador, além das armas e das granadas utilizaram gás tóxico.*

Três quartos dos mais de 8000 mortos de Srebrenica, ficaram ali mesmo, vítimas de uma impiedosa caça ao homem nas montanhas. Apenas um terço sobreviveu.

Cerca de 9000 pessoas juntaram-se à marcha este ano.

Laurence Alexandroviwicz, euronews: - Este acontecimento é acompanhado de importantes medidas de segurança pois, como em todos os anos, os sérvios da Bósnia mais radicais proferiram ameaças…nomeadamente se fosse hasteada alguma bandeira do alegado Estado Islâmico, fazendo assim uma amálgama grosseira entre os terroristas islamitas e os sobreviventes muçulmanos.*

Entre os caminhantes seguem alguns estrangeiros, como Ridho, um indonésio que vive em Montreal.: – Falámos com pessoas daqui, que ficaram muito contentes com a nossa vinda porque pensavam que esta tragédia não tinha sido reconhecida e gostaram muito da nossa presença.

Ao fim do dia, chegamos ao acampamento num grupo liderado por 500 sobreviventes. Sábado, em Srebrenica, participam no funeral de 136 vítimas, identificadas durante o ano.

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