Iémen: Médicos Sem Fronteiras admitem rever operações em cenários de guerra

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De  Lurdes Duro Pereira com Reuters, EFE
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Até as guerras têm regras. Pelo menos é o defende a organização Médicos Sem Fronteiras depois de os aliados árabes sunitas liderados pela Arábia

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Até as guerras têm regras. Pelo menos é o defende a organização Médicos Sem Fronteiras depois de os aliados árabes sunitas liderados pela Arábia Saudita terem reduzido a escombros um hospital, no norte do Iémen.

O mais recente bombardeamento não provocou vítimas mortais, mas várias pessoas ficaram feridas.

O presidente dos Médicos sem Fronteiras em França, Meguerditch Terzian, diz que esta situação não pode continuar:

“Pelo menos 19 hospitais ficaram parcialmente destruídos, no Iémen, nos últimos seis meses. O nosso, em Heedan, foi o vigésimo o que é muito significativo. Estou muito preocupado com a situação no Iémen, na Síria e noutros países onde estamos a trabalhar. Estamos mesmo a ponderar se devemos mandar pessoas esses países onde as forças armadas não respeitam o direito internacional humanitário.”

A Amnistia Internacional admite que o ataque desta segunda-feira pode constituir um crime de guerra

Os bombardeamentos contra os hospitais geridos pelos Médicos Sem Fronteiras são cada vez mais frequentes. O ataque em Kunduz no Afeganistão, no início de outubro, é disso exemplo. Na altura, 22 pessoas morreram.

Os civis são as primeiras vítimas de uma guerra que opõe as forças leais ao presidente, Abd Rabbo Mansour Hadi, e os rebeldes xiitas.

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