A Polícia suiça realizou mais uma série de detenções em Zurique de dirigentes ligados à FIFA, numa operação semelhante à ocorrida em maio. Pelo
A Polícia suiça realizou mais uma série de detenções em Zurique de dirigentes ligados à FIFA, numa operação semelhante à ocorrida em maio.
Pelo menos 12 pessoas foram detidas ao amanhecer, antes do início de reunião do comité executivo do organismo que superintende o futebol. As detenções foram efetuadas a pedido do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que lidera uma investigação anticorrupção que envolve vários dirigentes da FIFA e outros colaboradores do organismo.
Entre os detidos estão o hondurenho Alfredo Hawit, vice-presidente da FIFA e atual presidente da Federação da CONCACAF (Confederação de futebol das Américas do Norte e Centro e das Caraíbas), e o paraguaio Juan Angel Napout também vice-presidente da FIFA e presidente da CONMEBOL (Confederação sul-americana de futebol).
Este novo grupo de detidos é suspeito de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro e enfrenta um pedido de extradição para os Estados Unidos, onde decorre a investigação. Pelo menos, Hawit e Napout, ouvidos pelas autoridades suíças, já se opuseram à extradição.
A FIFA foi abalada por um escândalo de corrupção em maio, a dois dias da reeleição de Joseph Blatter como presidente do organismo máximo do futebol mundial, num processo aberto pela justiça dos Estados Unidos e que levou à acusação de 14 dirigentes e ex-dirigentes.
No início de junho, Blatter colocou o lugar à disposição, mas manteve-se em funções. O suíço abriu caminho para novas eleições no organismo, que foram marcadas para o congresso de 26 de fevereiro de 2016.
A 25 de setembro, o Ministério Público suíço instaurou um processo criminal a Blatter, que foi interrogado na qualidade de arguido, por suspeita de gestão danosa, apropriação indevida de fundos e abuso de confiança.
A 08 de outubro, Blatter, o secretário-geral da FIFA, o francês Jérôme Valcke, e o presidente da UEFA, o também francês Michel Platini, foram suspensos provisoriamente por 90 dias pelo Comité de Ética da FIFA, por implicação no escândalo de corrupção que atingiu a instituição.
Na base das suspensões estão os inquéritos que decorrem no próprio órgão da FIFA, ainda que vários outros responsáveis do organismo mundial estejam também a ser investigados pelas autoridades suíças e norte-americanas.
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— Justice Department (@TheJusticeDept) 3 dezembro 2015