O presidente iraniano descreveu a implementação do acordo nuclear entre o seu país e seis potências mundiais como um triunfo que satisfez todas as
O presidente iraniano descreveu a implementação do acordo nuclear entre o seu país e seis potências mundiais como um triunfo que satisfez todas as partes exceto os radicais.
As declarações foram feitas este domingo no parlamento iraniano em Teerão.
““Este acordo nuclear é de facto uma página dourada na história do nosso país. Durante estas negociações, nós conseguimos ver reconhecidos os nossos direitos nucleares pelas grandes potências nucleares… Todos ficaram contentes com o acordo exceto os sionistas, os defensores da guerra, e aqueles que provocam divisões entre os muçulmanos e radicais nos Estados Unidos” disse
Hassan Rouhani dirigindo-se aos parlamentares.
Reagindo às notícias da implementação do acordo nuclear, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que se trata de um passo frente com vista à estabilidade na região.
No entanto, apesar do ambiente de festa que se vive no Irão nem todos acreditam que este acordo seja um sucesso.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, deixou claro que Israel nunca irá permitir ao Irão obter armas nucleares.
“A comunidade internacional deverá impor sanções duras contra quaisquer violações por parte do Irão. Sem os nossos esforços para a implementação de sanções e prevenir o plano nuclear do Irão, este país já teria obtido armas nucleares há muito tempo. A política de Israel não muda: não permitiremos que o Irão obtenha armas nucleares”, afirmou.
Em Washington, o presidente Obama adiantou que este acordo revela as potencialidades da diplomacia. No entanto, disse, não significa o fim das diferenças entre os dois países.
De acordo com Obama, um dos obstáculos permaneceria o programa iraniano de mísseis balísticos.
A este propósito, os Estados Unidos impuseram este domingo sanções contra onze empresas e indivíduos acusados de fornecerem materiais para o programa iraniano de mísseis balísticos.