China vai despedir 1,8 milhões de trabalhadores dos setores do aço e carvão

China vai despedir 1,8 milhões de trabalhadores dos setores do aço e carvão
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De  Patricia Cardoso com REUTERS, LUSA, AFP
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A China planeia despedir 1,8 milhões de trabalhadores nas indústrias do carvão e do aço, para fazer face ao excesso de capacidade dos dois setores.

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A China planeia despedir 1,8 milhões de trabalhadores nas indústrias do carvão e do aço, para fazer face ao excesso de capacidade dos dois setores.

A China é o maior produtor e consumidor mundial de carvão e aço. Por ano, produz mais aço do que Japão, Índia, Estados Unidos e Rússia juntos.

Nos próximos cinco anos, o país pretende reduzir a produção de carvão em 9% e a do aço entre 8,3 e 12,5%.

China's surplus steel is more than the entire steel production of Japan, Germany and the US https://t.co/cQ6uWwF2gvpic.twitter.com/39o7b6ICJH

— The Economist (@EconBizFin) 29 de fevereiro de 2016

China is world's largest producer of:

- Aluminum
- Gold
- Cement
- Iron
- Steel
- Coal
- Zinc
- Cotton
- Tobacco
- Cars
- Hi-tech exports

— The Int'l Spectator (@intlspectator) 27 de fevereiro de 2016

É a primeira vez que Pequim avança com números dos custos sociais de uma medida.

O ministro dos Recursos Humanos e Segurança Social, Yin Weimin, explica: “As indústrias do aço e do carvão são os pontos de partida para atenuar o excesso de capacidade e já temos as estatísticas iniciais. O setor do carvão deverá perder 1,3 milhões trabalhadores e o setor do aço 500 mil”.

Os dois setores empregam 12 milhões de pessoas na China.

Nos últimos anos, os preços das matérias-primas afundaram e muitas empresas sobrevivem graças às ajudas dos governos locais.

China to close more than 1,000 coal mines in 2016 in shift to low carbon https://t.co/NBGv5kbrWg#ParisAgreementpic.twitter.com/qyCIcRKzxn

— UN Climate Action (@UNFCCC) 24 de fevereiro de 2016

Além disso a segunda economia mundial teve no ano passado o ritmo de crescimento mais baixo em 25 anos (6,9%) e precisa de reformas.

Para atenuar os efeitos dos corte e evitar agitação social, o governo anunciou a criação de um fundo, com 100 mil milhões de yuan, o equivalente a quase 14 mil milhões de euros, para ajudar a recolocar os trabalhadores.

O governo está de olho no setor dos serviços que, em 2015, passou a representar 50,5% do PIB, à frente da indústria e da agricultura.

A redução da capacidade de produção industrial é uma questão que o governo chinês arrasta há vários anos

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