EUA-Cuba: O reatar das relações diplomáticas e económicas

EUA-Cuba: O reatar das relações diplomáticas e económicas
De  Euronews
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Oitenta e oito anos separam as duas visitas. em 1928, um presidente que poucos recordam, Calvin Coolidge chega a Havana num barco de guerra.

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Oitenta e oito anos separam as duas visitas. em 1928, um presidente que poucos recordam, Calvin Coolidge chega a Havana num barco de guerra. A chegada de Barack Obama é menos aparatosa mas mais simbólica. O presidente norte-americano aterrou este domingo, com a família na capital de Cuba.
Obama fez questão de realizar esta visita antes do fim do mandato, apenas 15 meses depois deste anúncio.

“Hoje, os Estados Unidos mudam as relações com o povo cubano. A mudança mais significativa na nossa política nos últimos 50 anos. Vamos acabar com uma abordagem que durante décadas falhou.
Vamos começar a normalizar as relações entre os dois países”, afirmava Barack Obama a 17 de dezembro de 2014.

Rapidamente foram reabertas as embaixadas nos dois países. As representações diplomáticas foram fechadas com a ruptura das relações em 1961. Seguiu-se o embargo, no ano seguinte, em resposta à nacionalização de empresas estrangeiras, entre elas muitas norte-americanas, feita pelo regime comunista.

Aliás, o embargo continua a ser o principal obstáculo à completa normalização das relações entre Washington e Havana, uma vez que o levantamento do bloqueio tem de ser aprovado pelo Congresso e não pelo presidente.
Mas entretanto, representantes dos dois países já estão a avançar com muitas negociações.

Do lado norte-americano, já foram tomadas medidas para restabelecer a confiança mútua, tal como foi anunciado em maio do ano passado pelo Departamento de Estado. Jeff Rathke, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos garantia que “neste momento Cuba deixou de ser designada como Estado que apoia o terrorismo. Isto foi efectivado hoje, dia 29 de maio de 2015.”

Mas foi sobretudo a nível da economia da ilha que o presidente norte-americano quis agir rápido, de forma a contornar o embargo e para ajudar um setor privado que começa a aparecer. Os Estados Unidos e Cuba assinaram um acordo para restabelecer os voos regulares e os serviços de correios entre os dois países. Washington levantou também a interdição da utilização do dolar pelos cubanos e pelos bancos em certas transações.

Algumas empresas norte-americanas começam já a tentar instalar-se na ilha, sobretudo no setor hoteleiro. Além disso, os cidadãos dos Estados Unidos enfrentam menos dificuldades para visitar Cuba, mesmo que o turismo continue a não ser autorizado totalmente.

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