Os documentos desviados do Panamá estão a abalar a cena política islandesa. O primeiro-ministro Sigmundur David Gunnlaugsson pediu esta terça-feira
Os documentos desviados do Panamá estão a abalar a cena política islandesa. O primeiro-ministro Sigmundur David Gunnlaugsson pediu esta terça-feira ao Parlamento para dissolver a Assembleia, em reação à moção de censura ao governo apresentada por parte da oposição.
O presidente da Islândia, Olafur Ragnar Grimsson, quer reunir com os principais partidos políticos antes de tomar uma decisão.
No termo do encontro com Gunnlaugsson, o chefe de Estado islandês disse aos jornalistas: “não estou pronto a assinar uma declaração de dissolução do parlamento nem a prometer seja o que for ao primeiro-ministro.”
Um dos casos revelados de fuga ao fisco diz respeito ao primeiro-ministro Sigmundur Gunnlaugsson, que manteve com a mulher uma empresa num paraíso fiscal.
Milhares de pessoas juntaram-se diante do parlamento em Reykjavik para exigir a demissão do chefe do governo, alguns exigem a demissão do executivo.
22000 Icelanders demand the PM leave to #Tortola#cashljóspic.twitter.com/QExtrVREt3
— Páll Stefánsson (@pallistef) 4 avril 2016
The population of Iceland is only 330,000. Largest protest by percentage of population in history? #PanamaPapershttps://t.co/C1jjsYQodp
— Edward Snowden (@Snowden) 4 avril 2016
“As pessoas vêm protestar contra o fracasso ético que testemunharam durante a transmissão televisiva da entrevista ao primeiro-ministro. Por isso exigem não apenas a demissão de Gunnlaugsson mas de todo o governo”, disse Birgitta Jonsdottir, deputada de um dos partidos da oposição, o Partido Pirata.
Gunnlaugsson assumiu o cargo de primeiro-ministro em 2013, em coligação com o Partido da Independência, cujo líder, Bjarni Benediktsson, actual ministro das Finanças, é também citado na parte dos documentos da panamiana Mossack Fonseca que foram tornados públicos.