Islândia: Primeiro-Ministro pede dissolução do parlamento, o presidente recusa

Islândia: Primeiro-Ministro pede dissolução do parlamento, o presidente recusa
De  Nelson Pereira

Os documentos desviados do Panamá estão a abalar a cena política islandesa. O primeiro-ministro Sigmundur David Gunnlaugsson pediu esta terça-feira

Os documentos desviados do Panamá estão a abalar a cena política islandesa. O primeiro-ministro Sigmundur David Gunnlaugsson pediu esta terça-feira ao Parlamento para dissolver a Assembleia, em reação à moção de censura ao governo apresentada por parte da oposição.

O presidente da Islândia, Olafur Ragnar Grimsson, quer reunir com os principais partidos políticos antes de tomar uma decisão.

No termo do encontro com Gunnlaugsson, o chefe de Estado islandês disse aos jornalistas: “não estou pronto a assinar uma declaração de dissolução do parlamento nem a prometer seja o que for ao primeiro-ministro.”

Um dos casos revelados de fuga ao fisco diz respeito ao primeiro-ministro Sigmundur Gunnlaugsson, que manteve com a mulher uma empresa num paraíso fiscal.

Milhares de pessoas juntaram-se diante do parlamento em Reykjavik para exigir a demissão do chefe do governo, alguns exigem a demissão do executivo.

“As pessoas vêm protestar contra o fracasso ético que testemunharam durante a transmissão televisiva da entrevista ao primeiro-ministro. Por isso exigem não apenas a demissão de Gunnlaugsson mas de todo o governo”, disse Birgitta Jonsdottir, deputada de um dos partidos da oposição, o Partido Pirata.

Gunnlaugsson assumiu o cargo de primeiro-ministro em 2013, em coligação com o Partido da Independência, cujo líder, Bjarni Benediktsson, actual ministro das Finanças, é também citado na parte dos documentos da panamiana Mossack Fonseca que foram tornados públicos.

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