Euro 2016: Final de Paris terá Portugal e França na máxima força

Euro 2016: Final de Paris terá Portugal e França na máxima força
De  Bruno Sousa com CINZIA RIZZI E VINCENT MéNARD
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Portugal está na máxima força para a segunda final da sua história.

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Portugal está na máxima força para a segunda final da sua história. Pepe está totalmente recuperado da lesão que o afastou do encontro das meias-finais e encontra-se à disposição de Fernando Santos para o duelo frente à França.

Além do regresso do defesa do Real Madrid, não se preveem grandes alterações no onze. A grande dúvida está no meio-campo, manter a aposta em Danilo ou promover o regresso de William Carvalho, que tinha falhado o duelo frente ao País de Gales por castigo.

Cristiano Ronaldo e Pepe têm uma oportunidade de ouro para juntar o seu nome à restrita lista de oito futebolistas que se sagraram campeões europeus a nível de clubes e seleções no mesmo ano.

Portugal é a equipa com mais jogos (34) na história do EURO sem nunca ter conquistado o troféu #PORFRA#EURO2016pic.twitter.com/7zfGwisGWe

— UEFA.com português (@UEFAcom_pt) 9 de julho de 2016

Tal como Portugal, a França apresenta-se na máxima força na final. E tal como Fernando Santos, a maior dúvida de Didier Deschamps está no meio-campo, manter Moussa Sissoko ou apostar no regresso de N’Golo Kanté.

Certo é que Portugal terá pela frente uma equipa motivada como ninguém e foi precisamente isso que fez a diferença frente a uma Alemanha superior a todos os níveis.

A partida terá início às 20H (hora de Lisboa) e será arbitrada pelo inglês Mark Clattenburg.

O veredicto dos especialistas

Mas quem melhor que os nossos especialistas para nos apresentar a final? Falámos com os jornalistas português e francês da equipa de desporto da euronews.

Cinzia Rizzi: Quem vai ganhar no Stade de France?

Bruno Sousa: É claro que Portugal vai ganhar. A equipa foi feita para ganhar, não deixa nada ao acaso e conhece como ninguém os seus limites. É verdade que já não tem um jogo tão atrativo como antes, mas também é verdade que com esse jogo bonito nunca ganhámos nada. Além disso, já não temos artistas como antes. Historicamente, o balanço entre Portugal e França não é favorável à equipa das quinas. A última vitória foi em 1975 mas também é importante dizer que as duas últimas vitórias aconteceram em Paris. Jogar uma final em casa não é garantia de vitória e nós sabemos isso melhor que ninguém. Em 2004 festejámos demasiado antes da final…

Vincent Ménard: E como resultado, Bruno, perderam a final contra a Grécia. Obviamente que em França não queremos repetir o cenário. Derrotámos finalmente a nossa besta negra, Alemanha, nas meias-finais por isso seria um desperdício perder de seguida a final contra Portugal. Há uma coisa que nos dá alguma segurança, das últimas vezes que organizámos um torneio, ganhámos, no Euro 84 e no Mundial 98. Não há duas sem três, porque não com uma vitória por 2-1.

CR: Quais são os pontos fortes e os pontos fracos de Portugal?

BS: Para mim, o ponto forte é o coletivo e não é fácil dizer isto de uma equipa que tem Cristiano Ronaldo. No entanto, vejo uma equipa muito disciplinada a nível tático, uma enorme solidariedade entre os jogadores. É difícil marcar um golo a Portugal. A nível ofensivo, é verdade que temos sentido algumas dificuldades, sobretudo porque não estamos dispostos a correr riscos. Vimos que quando estivemos em desvantagem e fomos obrigados a correr riscos, nunca demorámos muito tempo a empatar.

CR: E no que diz respeito aos franceses?

VM: O ponto fraco da equipa é seguramente a defesa, os laterais não são imbatíveis e sobretudo no eixo central, Didier Deschamps foi obrigado a remendar constantemente devido às lesões e castigos. Como resultado, foi obrigado a lançar às feras Samuel Umtiti, que até domingo passado nunca tinha jogado pela equipa nacional. O meio-campo é mais experiente, muito mais sólido com a dupla Pogba-Matuidi. E depois no ataque há um tal de Antoine Griezmann…

CR: Precisamente, mas quem vai sair vencedor do duelo entre Cristiano Ronaldo e Antoine Griezmann? Já mediram forças a 28 de maio na final da Liga dos Campeões.

BS: Vimos uma enorme mudança na equipa portuguesa, e em Cristiano Ronaldo, ao longo do torneio. Portugal fez os dois primeiros jogos em função dele, era a Ronaldo que competia fazer a diferença e as coisas não correram muito bem. A partir do jogo com a Hungria vimos o contrário. Agora é Ronaldo que joga para a equipa, defende, ajuda o meio campo, procura sempre um companheiro mais bem colocado. E quando temos o melhor jogador do mundo a jogar para a equipa, a equipa fica sempre mais forte. Acredito que Ronaldo não quer derrotar Griezmann a título individual mas sobretudo a nível coletivo.

VM: OK, Cristiano Ronaldo talvez seja o melhor jogador do mundo, um dos melhores seguramente, mas neste europeu o melhor é indiscutivelmente Antoine Griezmann. Tal como a Cinzia disse, perdeu a final da Liga dos Campeões com o Atlético mas soube ultrapassar a derrota e tem vindo a crescer de forma desde o início do torneio e leva dois golos nos oitavos de final, um nos quartos e mais dois na meia-final. Se continuar a série, o título não pode escapar aos franceses.

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