A ONU não poupa a decisão russa de abrir corredores humanitários na cidade de Alepo, quando as forças do exército sírio apertam o cerco à localidade rebelde.
A ONU não poupa a decisão russa de abrir corredores humanitários na cidade de Alepo, quando as forças do exército sírio apertam o cerco à localidade rebelde.
O enviado das Nações Unidas para a Síria tinha criticado ontem a decisão unilateral de Moscovo, aliado do regime de Bashar Al-Assad.
Hoje, Staffan de Mistura apelou à Rússia que melhore o seu “plano humanitário” para dar assistência aos mais de 300 mil residentes sitiados.
“A nossa sugestão é que a Rússia passe o controlo destes corredores humanitários para as nossas mãos. A ONU e os seus parceiros humanitários, como sabem, sabem o que fazer. Temos experiência, é o nosso trabalho. Distribuir ajuda humanitária e dar assistência aos civis onde quer que decidam estar, de forma voluntária, é precisamente o trabalho da ONU”.
De Mistura voltou a sublinhar a necessidade de declarar uma ou várias tréguas temporárias para assegurar a assistência humanitária à população.
“Como se pode esperar que as pessoas queiram entrar num corredor humanitário, durante bombardeamentos e tiroteios”.
O embaixador russo na ONU garantiu que Moscovo vai analisar a proposta do enviado para a Síria, quando assegura que a operação das tropas russas no terreno é apenas humanitária.
Moscovo tinha anunciado ontem a intenção de criar quatro corredores humanitários para permitir a saída de residentes e a rendição dos combatentes em Alepo.
Três meses de cerco, acompanhado de bombardeamentos aéreos, com o apoio das tropas russas, tinham provocado mais de 1.400 mortos na cidade.