Paquistão em choque por atentado de Quetta

Paquistão em choque por atentado de Quetta
Direitos de autor 
De  Ricardo Figueira com AFP, REUTERS, AP
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O ataque terá matado pelo menos 93 pessoas.

PUBLICIDADE

O Paquistão acordou em estado de choque, um dia depois de um dos ataques mais mortíferos da história do país. A explosão num hospital de Quetta, no sudoeste do país, obra de um bombista suicida, foi reivindicada pelo Daesh e matou pelo menos 93 pessoas. Um grupo local de talibãs reivindicou também o atentado.

No hospital estavam reunidos cerca de 100 advogados, depois da chegada do corpo do presidente do ramo local da ordem dos advogados paquistanesa, morto a tiro nas ruas: “O ataque foi claramente planeado, com o objetivo de desestabilizar o país, a atividade económica e a vida política nesta província”, diz Imtiaz Gul, diretor do Centro para Pesquisas e Estudos de Segurança.

O primeiro-ministro Nawaz Sharif e o chefe do Estado-Maior, Raheel Sharif, visitaram o hospital e ouviram as críticas, nomeadamente sobre a falta de segurança.

O hospital estava a ser guardado apenas por um homem armado com um bastão, o que foi claramente insuficiente para impedir o ataque.

Este é o mais recente de uma série de atentados, num país muito castigado pelo terrorismo jihadista: “O atentado em Quetta aconteceu por causa da incompetência do governo. Antes, aconteceram outros incidentes do género. Tem havido muitos atentados contra os xiitas. Eu próprio sou xiita. Isto acontece porque o governo não presta qualquer atenção”, diz um residente local.

Para protestar contra este atentado contra a classe e contra o assassínio que lhe deu origem, a maioria dos advogados paquistaneses não foi trabalhar esta terça-feira.

Condemnable cowardly terrorists strike Quetta targeting bar president then civil hospital. Even in war hospitals not delib targeted.

— Imran Khan (@ImranKhanPTI) August 8, 2016

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Atentado no Paquistão reivindicado por grupo ligado ao Daesh

Regresso forçado de milhares de afegãos satura fronteira com o Paquistão

Mais de 165 mil afegãos obrigados a abandonar o Paquistão