A Rússia e a Arábia Saudita comprometeram-se a reforçar a colaboração bilateral e com outros países produtores para estabilizar o mercado petrolífero.
A Rússia e a Arábia Saudita comprometeram-se a reforçar a colaboração bilateral e com outros países produtores para estabilizar o mercado petrolífero. O pacto foi assinado, esta segunda-feira (5 de setembro) à margem da cimeira do G20, em Hangzhou, na China.
No entanto, seis meses após o fracasso das discussões de Doha, os dois maiores produtores mundiais de petróleo não mencionam um eventual congelamento da produção.
Khalid bin Abdulaziz Al Falih, ministro saudita da Energia e dos Recursos Naturais, estima: “A Rússia e a Arábia Saudita vão beneficiar das suas posições, enquanto líderes de produção e do mercado de petróleo. Os dois países têm uma razão comum: a estabilização do mercado petrolífero”.
#SaudiArabia#oil minister says no need now to freeze crude output. More: https://t.co/pnjEuyPb4q
— World Oil Online (@WorldOil) 5 de setembro de 2016
O pacto, descrito como “histórico” pelo ministro russo da Energia, prevê uma reunião do grupo de trabalho em outubro, em Moscovo.
Segundo Alexander Novak, o objetivo é a “coordenação de ações para garantir a estabilidade e previsibilidade do mercado”.
Numa primeira reação ao acordo, o preço do barril de crude disparou 5%, antes de recuar ligeiramente.
#Oil gains as Saudi Arabia to make statement after Russia talks. https://t.co/ERZopEuK59pic.twitter.com/qppsTZa5Rh
— Holger Zschaepitz (@Schuldensuehner) 5 de setembro de 2016
As consequências económicas de dois anos de preços baixos são importantes para os países exportadores. Mesmo assim, os membros da OPEP recusaram até agora congelar a produção, sem uma participação do Irão.
A Rússia, que não integra a OPEP, estima que o preço atual é injusto, mas considera que Teerão tem o direito de atingir os níveis de produção que tinha antes das sanções internacionais.