Paquistão está a ganhar a luta contra a poliomielite

Paquistão está a ganhar a luta contra a poliomielite
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A poliomielite está a recuar no Paquistão, um dos países em que a doença ainda é endémica.

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A poliomielite está a recuar no Paquistão, um dos países em que a doença ainda é endémica. As autoridades sanitárias constataram uma quebra de 62% em 2016, resultado dos esforços do governo, que fez da luta contra o vírus, uma prioridade nacional. Uma boa notícia no Dia Internacional da Poliomielite.

No Paquistão, lutar contra o vírus implica ultrapassar uma série de obstáculos. Este vacinador, com o rosto escondido por razões de segurança, conhece-os bem. Sobreviveu a um atentado dos talibãs contra a sua equipa de vacinação, em 2012. Encontrámo-lo em Lyon, para falar da situação no terreno.

“Temos vindo a constatar uma verdadeira melhoria nas campanhas contra a poliemielite, devido ao reforço da segurança que é garantida pelo exército”, afirma.

Desde 2012, 71 enfermeiros ou auxiliares de saúde, que participavam nas campanhas de vacinação, foram assassinados no Paquistão em ataques perpetrados pelos talibãs. Entre eles, um colega do nosso entrevistado. Ele próprio ficou ferido numa perna.

“As dificuldades com os talibãs começaram quando foram decretadas medidas internacionais que impediam os paquistaneses de viajarem para o estrangeiros sem terem sido vacinados. Foram estas medidas que desencadearam os assassinatos dos voluntários que efetuavam a vacianção”, conta.

Depois, acrescenta: “Gostaria de insistir no facto de que a população não está contra as campanhas de vacinação. Também gostaria de dizer que precisamos de reforçar os cuidados às mães e às crianças”.

Mas as condições no terreno são extremamente difíceis e as vacinas ainda não chegam a todas as crianças:
“Nós atuamos em zonas extremamente montanhosas e existe o problema das crianças que faltam, crianças que vivem em sítios onde não conseguimos chegar. É triste que as mães tenham que se deslocar com as crianças para a vacina porque nós não podemos aceder a certas zonas”.

Sem revelar a identidade, o homem que há 20 anos luta contra a poloimielite, afasta-se a coxear, levando no corpo a marca das dificuldades que encontra para vacinar as crianças no Paquistão.

A nível mundial, a luta contra o vírus está em franca progressão. A Organização Mudial da Saúde acredita na erradicação da poliomielite em 2018

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