Francês que ajudou migrantes ilegais condenado a multa suspensa de três euros

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De  Nelson Pereira
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Cedric Herrou, um agricultor francês que acolheu migrantes ilegais vindos de Itália foi condenado a uma multa suspensa de três mil euros pelo tribunal correcional de Nice, esta sexta-feira Herrou admi

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Cedric Herrou, um agricultor francês que acolheu migrantes ilegais vindos de Itália foi condenado a uma multa suspensa de três mil euros pelo tribunal correcional de Nice, esta sexta-feira

Herrou admitiu ter ajudado a entrar em França 60 migrantes ilegais, nos últimos dois anos, tendo acolhido várias dezenas na sua casa nos Alpes franceses.

O agricultor enfrentava uma pena que podia ir até aos cinco anos de prisão ou 30 mil euros.

Foi absolvido de outras acusações: a instalação em outubro de 2016 de 57 migrantes da Eritreia num centro de férias desocupado da companhia de caminhos-de-ferro francesa SNCF em Saint-Dalmas-de-Tende (Alpes-Maritimes), e apoio à estadia em território francês de migrantes em situação ilegal.

Depois de anunciada a sentença, o jovem agricultor de Breil-sur-Roya, aldeia próxima da Itália, declarou que vai continuar a ajudar os migrantes, pois não se trata de um crime mas de um ato humanitário e um dever cívico:

“Não serão as ameaças de um governador de departamento nem os insultos de um ou dois políticos que nos farão parar. Continuaremos, pois é necessário continuar”.

Cedric Herrou faz parte da associação Roya Citoyenne, que dá apoio a migrantes que entram em França pelo vale da Roya, na fronteira com a Itália. Foram organizadas manifestações de apoio a Herrou em várias cidades francesas.: em Lille no dia 8 de fevereiro, em Paris no dia 9, e em Nice esta sexta-feira.

Uma centena de organizações associativas e sindicais nacionais e locais de França publicaram um manifesto que declara apoio aos ativistas do vale da Roya, frisando que Se a solidariedade com os estrangeiros é um delito, então somos todos delinquentes.

Lancement du site du collectif #DélinquantsSolidaires pour en finir avec le #DélitDeSolidarité ! https://t.co/3WtJs87QWwpic.twitter.com/DofIbyxhhO

— Délit de solidarité (@Del_solidaires) 6 février 2017

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