Daqui a menos de um mês, os iranianos são chamados às urnas para elegerem um novo presidente.
Daqui a menos de um mês, os iranianos são chamados às urnas para elegerem um novo presidente. A lista final dos candidatos é agora oficial. São seis, os que podem aspirar à presidência. E apesar das sondagens serem praticamente inexistentes no país, muitos acreditam que o presidente cessante, Hassan Rouhani, tem grandes hipóteses de ser reeleito.
Hassan Rouhani
Mas, no Irão as surpresas acontecem com frequência. Em 2013, nenhum analista no Ocidente esperava a eleição de Rohani,que foi eleito à primeira volta.
Este advogado de 68 anos, que foi o sétimo presidente desde a revolução de 1979, prometeu aos iranianos acabar com o isolmento internacional e criar uma sociedade mais livre. Concluiu em 2015, o acordo sobre o nuclear e viu as sanções internacionais serem levantadas em 2016. Os adversários acusam-no de não ter operado a retoma económica apesar do fim das sanções.
Ebrahim Raisi
Entre os três principais rivais está Ebrahim Raisi, um próximo do líder supremo Ali Khamenei e dado como o seu sucessor natural. Para alguns analistas a eleição como presidente poderia ser o primeiro passo nesse sentido.
Professor de direito, conservador, Raisi pretende reavivar os valores da revolução islâmica e descreve-se a si próprio como próximo dos pobres. Em 2016, Khamenei atribuiu-lhe a custódia da Astan Qods Razavi, uma organização responsável por uma fundação religiosa assente em vários biliões de dólares.
Mohammad Baqer Qalibaf
Entre os quatro candidatos com potencial nesta eleição encontra-se também Mohammad Baqer Qalibaf, um crítico acérrimo das opções económicas do presidente em final de mandato. Antigo chefe de polícia, Qalibaf, que foi presidente da câmara de Terrão desde 2005, é visto como um homem pragmático e conservador. Esta é a sua terceira candidatura à presidência. Em 2005 perdeu contra Ahmadinejad; em 2013, contra Hassan Rouhani.
Eshaq Jahangiri
O último dos quatro principais é Eshaq Jahangiri, o atual vice-presidente de Rouhani que, dizem os analistas, poderá desistir em favor do atual presidente, para evitar a dispersão de votos no campo mais moderado.
A campanha eleitoral teve início no dia 21 de abril. E apesar das dificuldades em tomar o pulso à política interna iraniana, vários analistas internacionais estimam que a taxa de participação será elevada no dia 19 de maio, o dia do voto.