O presidente venezuelano acusou a oposição de orquestrar uma “emboscada antirrevolucionária” e uma “investida violenta” para criar o caos na sociedade.
O presidente venezuelano acusou a oposição de orquestrar uma “emboscada antirrevolucionária” e uma “investida violenta” para criar o caos na sociedade. Regime e opositores apelaram a uma mobilização maciça nas respetivas marchas convocadas para esta segunda-feira, Dia do Trabalhador.
Na sua emissão semanal na televisão do Estado, Nicolas Maduro anunciou um novo “aumento do salário mínimo e das pensões de todos os trabalhadores da administração pública”. O presidente venezuelano explicou que “médicos, enfermeiras, soldados, polícias, bombeiros, professores” receberão um aumento de cerca de “60 por cento dos salários”.
Maduro felicitou o apelo do Papa ao diálogo, que no sábado tinha proposto uma nova mediação do Vaticano. Mas a oposição reunida na Mesa da Unidade Democrática respondeu numa carta aberta ao Sumo Pontífice que não se encontra “dividida”, como tinha referido o Papa Francisco, e que o “único diálogo” que a nação aceita é o “dos votos”.
O líder opositor, Henrique Capriles, diz que “o governo gozou com o Papa. O diálogo foi uma grande farsa. O povo venezuelano sempre apoiou o diálogo, mas a falta de resultados numa negociação faz com que se torne inútil”.
O último mês de protestos contra o regime venezuelano saldou-se em 29 mortos, cerca de 500 feridos e mais de mil detidos.